“O MILAGRE” (“THE WONDER”), 2022,
coprodução Irlanda/Inglaterra/EUA, 1h43m, em cartaz na Netflix, direção do
cineasta chileno Sebastián Lelio (de “Uma Mujer Fantástica”, Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro em 2018), que também assina o roteiro com Emma Donoghue e
Alice Birche. Donoghue, aliás, é autora do livro homônimo cuja história mereceu
essa adaptação para o cinema. Toda a trama é ambientada durante o século 19 em
uma comunidade isolada na Irlanda. Visitada por peregrinos e turistas, em verdadeiras romarias, depois
que se espalhou a notícia de que naquela vila havia uma menina de 11 anos de
idade que não se alimentava há meses, e que, de uma hora para outra, acabou
sendo tratada como uma “santa”. Os chefes da comunidade, entre os quais um
padre e um médico, contrataram uma enfermeira e uma freira para observar a menina
durante 24 horas e constatar - ou não - o tal milagre. Não vou entrar em detalhes sobre o
desfecho, quando acontece uma surpreendente revelação. Embora a história seja
bastante interessante, o ritmo é muito lento, exigindo uma boa dose de paciência por parte do espectador. Destaque para a excelente
fotografia, assim como para o ótimo elenco, formado por Florence Pugh, Kila
Lord Cassidy, Tom Burke, Ciarán Hindes, Elaine Cassidy, Toby Jones, Josie
Walker e Niamh Algar. Como informação complementar, lembro que Emma Donoghue
também foi responsável pela história e pelo roteiro do filme “O Quarto de Jack”,
de 2015, muito elogiado e indicado a várias categorias do Oscar (a atriz Brie Larson ganhou o de Melhor Atriz). Resumo da
ópera: “O Milagre” é um drama de muita qualidade.
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