domingo, 18 de setembro de 2022

 

“FÁTIMA: A HISTÓRIA DE UM MILAGRE” (“FATIMA”), 2020, em cartaz na plataforma Amazon Prime Video, 1h58m, coprodução Portugal/Itália/Estados Unidos, direção do cineasta italiano Marco Pontecorvo, que também, assina o roteiro com Valerio D’Annunzio e Barbara Nicolosi. O filme conta a história de um fato de grande relevância para os católicos: as aparições da Virgem Maria para três pastores na cidade de Fátima, em Portugal, entre maio e outubro de 1917. Lúcia, de 10 anos, Francisco, de 8 anos, e Jacinta, de 7 anos, afirmam ter visto e conversado com a Virgem Maria. Esse fato é relembrado no filme durante as conversas entre a hoje Irmã Lúcia (Sonia Braga) e Nichols (Harvey Keitel), professor de teologia que pretende escrever um livro sobre o ocorrido. Além das aparições, o filme destaca as pressões psicológicas que as crianças sofreram depois de terem anunciado as aparições. Autoridades do governo português, assim como padres e bispos, tentaram desmentir as crianças, mas o povo crente acreditou no milagre, transformando Fátima, até hoje, em um dos principais lugares de peregrinação. Anos depois, a Igreja Católica validou a visão dos pastores. As filmagens aconteceram na aldeia de Cidadelhe, em Fátima, Coimbra e na Tamada de Mafra, reunindo em algumas cenas centenas de figurantes. Outro destaque do filme diz respeito às mensagens da Virgem Maria para as crianças, entre as quais “Rezem pelo fim da guerra. O mundo precisa de paz” – lembro que nessa época estava acontecendo a Primeira Guerra Mundial, envolvendo vários países, inclusive Portugal. Além de Sonia Braga e Harvey Keitel, estão no elenco Stephanie Gil (Lúcia criança), Alejandra Howard (Jacinta), Jorge Lamelas (Francisco), Joana Ribeiro (Virgem Maria), Joaquim de Almeida (padre Ferreira), Goran Visnjic (Arturo, prefeito de Fátima), Marco D’Almeida (Antonio, pai de Lúcia) e Lúcia Moniz (Maria Rosa, mãe de Lúcia). Lembro que o diretor italiano Marco Pontecorvo é filho do também cineasta Gillo Montecorvo (1919-2006), responsável por clássicos como “A Batalha de Argel” (1966) e “Queimada!” (1969), entre tantos outros. Resumo da ópera: “Fatima” é um filme tocante e emocionante, com ótimo elenco e uma primorosa reconstituição de época. Na minha opinião, só tem um defeito (ou um pecado): a escalação de Sonia Braga para o papel de Irmã Lúcia, que ficaria melhor com uma atriz mais velha.                             

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