“PASSADO VIOLENTO” (“CLEAN”), 2021,
Estados Unidos, 1h34m, disponível na plataforma Netflix, direção de Paul Solet,
que também assina o roteiro com o ator Adrien Brody, que também atua. Mesmo
tendo conquistado o Oscar de Melhor Ator por “O Pianista”, em 2002, Adrien
Brody nunca me convenceu. Aliás, nos últimos anos não fez nada de muito
importante. Em “Passado Violento”, ele continua com a mesma expressão,
sobrancelhas arqueadas como alguém que vai chorar, cara de coitado crônico. Talvez por isso mesmo que
ele acabou combinando com o personagem Clean, um sujeito com um passado
tenebroso e que agora trabalha como coletor de lixo em Nova Iorque. Ele passa
as madrugadas limpando o lixo das ruas e aproveita algumas quinquilharias, as
recupera e vende em brechós. Logo de início a gente fica sabendo que ele busca
redenção culpando-se por uma tragédia familiar do passado – o nome escolhido
para o personagem sugere que agora está “limpo”. Em narração em off, o
personagem filosofa sobre sua vida e o futuro que o aguarda. O filme se arrasta
em ritmo de tartaruga manca, excessivamente lento e sonolento. Para piorar, a
maioria das cenas acontece à noite. A ação começa mesmo perto do desfecho,
quando Clean resolve livrar uma jovem das mãos de uma quadrilha de traficantes.
Acontece que ele quase mata o filho do chefão da gangue, que resolve se vingar.
Aí a ação pega para valer. Também estão no elenco Chandler Ari Dupont, Richie
Merritt, Glen Fleshler e Mykelti Williamson. Não vou dizer que o filme é ruim,
embora tenha sido massacrado pela crítica quando estreou no Festival de Tribeca
2021. Dá para assistir, mas exige uma certa dose de paciência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário