“ÁRVORES DA PAZ” (“TREES OF
PEACE”) , 2021, Estados Unidos,
produção e distribuição Netflix (estreou na plataforma dia 10 de junho de 2022),
1h37m, roteiro e direção da atriz e produtora Alanna Brown, em sua estreia em
longas-metragens. Vou logo avisando: é preciso ter estômago forte para chegar
até o final, além de não sofrer de claustrofobia. A história, baseada em fatos
reais, é ambientada em 1994 durante a guerra civil em Ruanda (África oriental),
envolvendo milícias da etnia tutsi contra os hutus. “Árvores da Paz” conta a
história de quatro mulheres diferentes que se esconderam em um cubículo embaixo
de uma cozinha: uma freira católica, uma jovem tutsi, uma mulher grávida e uma
jovem branca norte-americana voluntária em uma missão de paz. Elas esperaram,
em vão, a chegada de forças da ONU para libertá-las. Doce ilusão, pois a ONU
não fez nada para acabar com o conflito. Simplesmente ignorou. Com pouca comida
e água, além de nenhuma higiene, elas ficaram presas durante 81 dias, até o
final do conflito. O elenco, excelente, conta com Ella Cannon, Omono Okojie,
Eliane Umahire, Charmanie Bingwa e Tongayi Chirisa. Mesmo que toda a ação seja
ambientada dentro de um cubículo, o filme em nenhum momento é entediante. Pelo
contrário, a diretora Alanna Brown fez com que a emoção tomasse conta de cada
cena. Premiado em vários festivais mundo afora - injusto não ter sido indicado ao Oscar -, “Árvores da Paz” consagra a
valentia de quatro mulheres que enfrentaram o desafio e a coragem de sobreviver
em condições sub-humanas. Essa história contribuiu para que as mulheres
passassem a ocupar importantes cargos no governo de Ruanda. Filmaço!
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