“VIAJANTES – INSTINTO
E DESEJO” (“VOYAGERS”), 2021, Estados Unidos,
disponível na plataforma Amazon Prime Video, 1h48m, roteiro e direção de Neil
Burger (“Divergente”, “O Ilusionista”). Embora costumam dizer que eu vivo no
mundo da Lua, nunca fui muito fã desses filmes de ficção científica com
aventuras siderais, espaçonaves, astronautas etc., a ponto de achar “2001, Uma Odisséia
no Espaço” apenas um bom filme, mas não genial e obra-prima, como considera até
hoje grande parte dos críticos especializados. Este “Voyagers” conta mais uma
história mirabolante. Em 2063, um grande projeto é elaborado para enviar seres
humanos para um planeta distante que possui recursos naturais em abundância, enquanto
a humanidade terráquea vive a iminência de extinção graças à falta deles. Só
que há um grande problema: a viagem até o tal planeta dura nada menos do que 86
anos. Dessa forma, sob o comando de um adulto, o oficial Richard Alling (Colin
Farrell), crianças de ambos os sexos são recrutadas para viver essa aventura.
Segundo o programa da viagem, a espécie humana deverá ser preservada apenas através de
inseminação artificial. Para que não tenham extintos agressivos e sexuais,
quando chegam à adolescência eles são obrigados a ingerir uma substância azul. Mas
aí aparece aquele que resolve se rebelar, incentivando os demais a não mais
tomar mais a tal substância, o que acarretará o início de muitos problemas entre os
viajantes, incluindo ódio, inveja, desejo sexual e de poder, violência e outros
instintos menos saudáveis. A viagem, claro, vira uma bagunça, principalmente
depois que Richard sofre um acidente e os passageiros ficam sem um líder. No
elenco, além de Farrell, estão Tye Sheridan, Fion Whitehead e a inexpressiva
Lily-Rose Depp, filha de Johnny Depp com a atriz francesa Vanessa Paradis. Assim
como elenco de apoio, a atuação deles é sofrível, para não dizer lamentável.
Parece que todos trabalham no piloto automático - assim como a aeronave. Como era de se prever, o
filme, lançado nos cinemas em abril de 2021, foi um grande fracasso de bilheteria,
arrecadando apenas 4,9 milhões de dólares, enquanto a produção custou 29
milhões. Trocando em miúdos, “Voyagers” é uma grande decepção, uma verdadeira
bobagem intergaláctica.
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