“O RESGATE – O DIA DA
REDENÇÃO” (“REDEMPTION DAY”), 2021, Estados Unidos, disponível na plataforma
Netflix, 1h39m, direção do cineasta marroquino Hicham Hajji – é o seu primeiro
longa-metragem -, que também assina o roteiro com a colaboração de Sam Chouia e
Lemore Syvan. É um filme de ação centrado no fuzileiro naval do exército
norte-americano Brad Paxton (Gary Dourdan), condecorado depois de uma missão na
Síria. Ele volta para casa e – primeiro clichê - sofre de pesadelos diários, o
tal estresse pós-traumático. Sua esposa, Kate Paxton (Serinda Swan), uma
renomada arqueóloga, acompanha o sofrimento do marido e promete jamais deixá-lo
sozinho. Até o dia em é convidada para chefiar os trabalhos de escavação de uma
cidade submersa no deserto de Marrocos, bem ao lado da fronteira com a Argélia.
Kate fica em dúvida se vai ou não vai por causa do marido. Ele próprio resolve
incentivá-la e ela embarca para Marrocos. No primeiro dia de trabalho, a equipe
de Kate ultrapassa sem querer a fronteira com a Argélia e acaba sequestrada por
terroristas, que exigem 10 milhões de dólares do governo norte-americano para
soltá-la. Não se conhecia até aquele momento o esconderijo dos sequestradores,
o que acabou atrasando uma eventual mobilização dos SEAL’S (soldados das forças
especiais da Marinha dos EUA). Então o marido-herói resolve entrar em ação,
com a ajuda de um ex-companheiro do exército. Eles entram em território argelino
e, de uma maneira que só o cinema é capaz de inventar, conseguem descobrir onde
estão os sequestradores e a arqueóloga. Se o filme já não é lá muito bom, ficou
ainda pior com um desfecho dos mais esquisitos e patéticos, criado para você
não entender absolutamente nada. Sem contar com algumas frases de diálogos que
beiram o ridículo, tais como “Escute, filho, eu sou seu pai”, diz o pai ao filho
herói, ou então “Eu sei que nada disso faz sentido. Vamos nos divertir”, diz o
embaixador norte-americano em meio a toda aquela tensão, e ainda “Ora, ora,
ora. Vamos começar esta festa!”, exclama o marido-herói antes de invadir o
reduto dos sequestradores. Trocando em miúdos, bom mesmo é contar com a
competência e a beleza da atriz canadense Serinda Swan, da série “Coronel”,
ainda em cartaz na TV a cabo. Impressionante a semelhança física de Serinda com
a atriz australiana Ruby Rose. Parecem irmãs gêmeas, com uma diferença
fundamental: Serinda é mais feminina e Ruby mais machona, assumidamente
lésbica. Em todo caso, as duas são muito bonitas. Ainda estão no elenco Andy
Garcia, Samy Naceri, Erny Hudson, Brice Bexter e Martin Donovan. Entre os prós
e contras, fique com os “prós” por causa de algumas boas cenas de ação e, claro, por causa de Serinda. Pode registrar como "contras" todo o resto.
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