“MUNIQUE: NO LIMITE DA
GUERRA” (“MUNICH: THE EDGE OF WAR”), 2021, coprodução Inglaterra/Alemanha, 2h3m,
disponível na plataforma Netflix, direção do cineasta alemão Christian
Schwochow (do ótimo “Je Suis Karl”), seguindo roteiro assinado por Ben Power. Trata-se
de um drama histórico ambientado em 1938, inspirado no livro “Munich”, de 2017,
escrito por Robert Harris. O filme acompanha os bastidores dos preparativos
para a viagem do primeiro-ministro da Inglaterra Neville Chamberlain (Jeremy
Irons) para participar da Conferência de Munique, quando tentaria convencer
Adolf Hitler a não invadir a Tchecoslováquia e ainda consolidar um pacto de não
agressão à Inglaterra por parte dos alemães. Com a assinatura do ditador
nazista, Chamberlain conseguiu adiar o início da guerra, proporcionando aos
aliados um tempo para reforçar os seus exércitos. Isso é história. Pois bem, no
filme aparecem alguns personagens ficcionais criados por Harris, por exemplo os
jovens Hugh Legat (George Mackay) e Paul Von Hartmann (Jannis Niewöhner), o
primeiro assessor e tradutor de Chamberlain e o segundo assessor do próprio
Hitler (Ulrich Matthes). São estes dois personagens que darão molho à história,
a amizade que os une desde a época em que estudaram juntos em Oxford, mas agora
estão em campos distintos – e minados. O filme se desenrola com muito suspense,
lances de espionagem e diálogos interessantes dos fatos históricos que
antecederam o início da Segunda Guerra Mundial. Também estão no elenco Jessica
Brown Findlay, Liv Lisa Fries, Sandra Hüller, Augusto Diehl e Anjli Mohindra. Além do ótimo elenco, é justo destacar a primorosa recriação de época. De tantas coisas que me agradaram, uma em especial me desagradou muito. O ator escolhido para representar Hitler. Achei muito diferente do original, mas nem isso prejudicou o resultado final. Para
quem gosta de filmes históricos, como eu, trata-se de uma ótima opção.
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