segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

 

“MUNIQUE: NO LIMITE DA GUERRA” (“MUNICH: THE EDGE OF WAR”), 2021, coprodução Inglaterra/Alemanha, 2h3m, disponível na plataforma Netflix, direção do cineasta alemão Christian Schwochow (do ótimo “Je Suis Karl”), seguindo roteiro assinado por Ben Power. Trata-se de um drama histórico ambientado em 1938, inspirado no livro “Munich”, de 2017, escrito por Robert Harris. O filme acompanha os bastidores dos preparativos para a viagem do primeiro-ministro da Inglaterra Neville Chamberlain (Jeremy Irons) para participar da Conferência de Munique, quando tentaria convencer Adolf Hitler a não invadir a Tchecoslováquia e ainda consolidar um pacto de não agressão à Inglaterra por parte dos alemães. Com a assinatura do ditador nazista, Chamberlain conseguiu adiar o início da guerra, proporcionando aos aliados um tempo para reforçar os seus exércitos. Isso é história. Pois bem, no filme aparecem alguns personagens ficcionais criados por Harris, por exemplo os jovens Hugh Legat (George Mackay) e Paul Von Hartmann (Jannis Niewöhner), o primeiro assessor e tradutor de Chamberlain e o segundo assessor do próprio Hitler (Ulrich Matthes). São estes dois personagens que darão molho à história, a amizade que os une desde a época em que estudaram juntos em Oxford, mas agora estão em campos distintos – e minados. O filme se desenrola com muito suspense, lances de espionagem e diálogos interessantes dos fatos históricos que antecederam o início da Segunda Guerra Mundial. Também estão no elenco Jessica Brown Findlay, Liv Lisa Fries, Sandra Hüller, Augusto Diehl e Anjli Mohindra. Além do ótimo elenco, é justo destacar a primorosa recriação de época. De tantas coisas que me agradaram, uma em especial me desagradou muito. O ator escolhido para representar Hitler. Achei muito diferente do original, mas nem isso prejudicou o resultado final. Para quem gosta de filmes históricos, como eu, trata-se de uma ótima opção.                                                                 

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