domingo, 12 de dezembro de 2021

 

“FERIDA” (“BRUISED”), 2020, Estados Unidos, 2h9m, disponível na plataforma Netflix, marca a estreia da atriz Halle Berry como diretora (ela também faz o papel principal), seguindo roteiro assinado por Michelle Rosenfarb. A história é centada em Jackie “Justice” (Berry), uma ex-lutadora de MMA que abandonou as lutas e agora trabalha como faxineira em casas de gente rica. Ela afoga as mágoas na bebida e vive um relacionamento tumultuado com seu namorado e ex-empresário Desi (Adan Canto). Um dia ela é chamada pela mãe Angel (Adriane Lenox, ótima) para buscar o filho Manny (Danny Boyd Jr.), de seis anos, que Jackie havia abandonado quando bebê. Enfim, entre idas e vindas, Jackie tentará conciliar seus dramas pessoais com os desafios de voltar às lutas, pois agora, com a guarda do filho, terá que arrumar dinheiro para sobreviver. Você assiste a tudo o que acontece e de imediato começa a lembrar de “Rocky, Um Lutador”, “A Menina de Ouro”, “Clube da Luta” e até de “Karatê Kid”, além daqueles filmes que contam a história de lutadores e seus desafios, pessoais e nos ringues. “Ferida” tem todos os clichês do gênero, brindando o espectador com aquela aguardada luta no desfecho, na qual “Justice” terá de enfrentar a temida “Lady Killer” (Valentina Shevchenko, lutadora profissional) pelo título da categoria Peso Leve. Segundo alguns artigos divulgados na mídia, Halle Barry, além de vários hematomas, quebrou duas costelas durante as filmagens. O desempenho de Halle é sensacional. Nenhuma surpresa levando-se em consideração o fato dela já ter conquistado um Oscar como Melhor Atriz em 2002 pelo filme “A Última Ceia”. Além de estar em ótima forma física aos 55 anos, a atriz também surpreende ao realizar uma cena de sexo lésbico com Sheila Atim, a “Buddhakan”, sua treinadora. Enfim, “Ferida” é uma estreia muito boa de Halle na direção, embora não seja aquele filme que a gente tem vontade de aplaudir de pé. Como entretenimento, funciona muito bem.                            

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