“FERIDA” (“BRUISED”), 2020, Estados Unidos,
2h9m, disponível na plataforma Netflix, marca a estreia da atriz Halle Berry como
diretora (ela também faz o papel principal), seguindo roteiro assinado por Michelle
Rosenfarb. A história é centada em Jackie “Justice” (Berry), uma ex-lutadora de
MMA que abandonou as lutas e agora trabalha como faxineira em casas de gente
rica. Ela afoga as mágoas na bebida e vive um relacionamento tumultuado com seu
namorado e ex-empresário Desi (Adan Canto). Um dia ela é chamada pela mãe Angel
(Adriane Lenox, ótima) para buscar o filho Manny (Danny Boyd Jr.), de seis
anos, que Jackie havia abandonado quando bebê. Enfim, entre idas e vindas,
Jackie tentará conciliar seus dramas pessoais com os desafios de voltar às
lutas, pois agora, com a guarda do filho, terá que arrumar dinheiro para
sobreviver. Você assiste a tudo o que acontece e de imediato começa a lembrar de “Rocky,
Um Lutador”, “A Menina de Ouro”, “Clube da Luta” e até de “Karatê Kid”, além daqueles filmes que contam a história de lutadores e seus desafios, pessoais e nos ringues. “Ferida” tem
todos os clichês do gênero, brindando o espectador com aquela aguardada luta no
desfecho, na qual “Justice” terá de enfrentar a temida “Lady Killer” (Valentina
Shevchenko, lutadora profissional) pelo título da categoria Peso Leve. Segundo
alguns artigos divulgados na mídia, Halle Barry, além de vários hematomas,
quebrou duas costelas durante as filmagens. O desempenho de Halle é
sensacional. Nenhuma surpresa levando-se em consideração o fato dela já ter
conquistado um Oscar como Melhor Atriz em 2002 pelo filme “A Última Ceia”. Além
de estar em ótima forma física aos 55 anos, a atriz também surpreende ao
realizar uma cena de sexo lésbico com Sheila Atim, a “Buddhakan”, sua
treinadora. Enfim, “Ferida” é uma estreia muito boa de Halle na direção, embora
não seja aquele filme que a gente tem vontade de aplaudir de pé. Como
entretenimento, funciona muito bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário