“OS
SEGREDOS QUE GUARDAMOS” (“THE SECRETS WE KEEP”), 2020, Estados Unidos,
1h37m, disponível na plataforma Amazon Prime Vídeo, direção do cineasta
israelense Yuval Adler, que também assina o roteiro com a colaboração de Ryan
Covington. A história é ambientada em meados dos anos 50 em uma pacata cidade
do interior dos Estados Unidos, onde Maja (Noomi Rapace) vive com seu marido Lewis (Chris Messina)
e um filho pequeno. Eles se conheceram na Europa pós-guerra, Lewis
como médico do exército e Maja como uma refugiada romena. De volta aos Estados
Unidos, Lewis levou Maja e se casaram. Quando já eram casados por alguns anos,
Maja reconhece um homem como o soldado alemão que, durante a Segunda Grande
Guerra, a estuprou e matou sua irmã. Maja resolve sequestrar o sujeito, que
nega ter sido um soldado alemão e que se identifica como Thomas (Joel Kinnaman),
um imigrante originário da Suíça e que agora trabalha como empregado em uma refinaria.
Obcecada por vingança, Maja prende o suposto nazista no porão de sua casa. O
marido exige uma explicação para o que está ocorrendo e Maja revela o segredo
que escondeu durante todo o tempo em que se conhecem. Ela e sua família eram ciganos que foram perseguidos pelos nazistas e submetidos a torturas cruéis. Maja nunca mencionou esse fato ao marido. Mesmo diante da certeza
dela de que Thomas foi seu estuprador, Lewis começa a desconfiar de que sua esposa
está cometendo um grave erro. E essa dúvida permanecerá até o desfecho, mantendo
a atenção do espectador para a expectativa do que vai acontecer, aumentando
cada vez mais o suspense da história. Não há dúvida de que é atriz sueca Noomi
Rapace quem leva o filme nas costas, com uma primorosa atuação. Ela demonstra
mais uma vez que é uma atriz bastante versátil, principalmente quando a gente lembra
dela como aquela garota punk masculinizada do filme “Os Homens que não
Amavam as Mulheres” e em mais dois filmes da trilogia baseada nos livros do escritor sueco Stieg Larsson. Trocando em miúdos, “Os Segredos que Guardamos” é um bom
suspense que merece ser conferido. Aproveito para recomendar mais um ótimo
filme do diretor israelense Yuval Adler: “Belém: Zona de Conflito”, de 2013.
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