“7.500”, 2019, Alemanha/Áustria/EUA,
1h32m, produção Amazon Studios, disponível na plataforma desde o dia 18 de
junho de 2020, direção de Patrick Vollrath, que também assina o roteiro com a
colaboração de Senad Halilbasic. Conhecido como diretor de curtas – ele tem até
um Oscar de Melhor Curta-Metragem, em 2016, por “Alles Wird Gut” -, com “7.500”
Vollrath faz sua estreia na direção de um longa. E que estreia auspiciosa. O
cineasta alemão consegue prender a atenção e manter um clima de tensão do
começo ao fim, mesmo que toda a ação seja ambientada no pequeno espaço da
cabine de comando do avião onde ficam o piloto e o copiloto. O avião com 85
passageiros está prestes a decolar de Berlim com destino a Paris. O piloto Michael
Lutzmann (Carlo Kitzlinger) e o seu copiloto Tobias Ellis (Joseph
Gordon-Levitt) iniciam os preparativos, tomando todas as providências para iniciar
a contagem regressiva para o início do taxiamento. O diálogo entre piloto e copiloto é bastante realista, pois leva o espectador a conhecer os detalhes técnicos do procedimento. Logo depois da decolagem, quando a aeronave entra em ritmo de cruzeiro e com o piloto automático ligado, terroristas islâmicos
anunciam que estão sequestrando o avião. Dois deles conseguem invadir a cabine de
comando, assassinando o piloto. Caberá ao copiloto Tobias deter os terroristas
e ainda pilotar o avião, mesmo com um grave ferimento no braço. Os demais terroristas tentam derrubar a porta da
cabine, ameaçando matar os passageiros caso Tobias não os deixe entrar. A tensão
aumenta a partir do primeiro passageiro assassinado. O desespero de Tobias aumenta ainda mais quando um dos terroristas ameaçam matar uma aeromoça, justamente sua namorada. A gente acompanha toda a
ação como se estivesse na cabine, ou seja, quem for claustrofóbico vai passar
mal. Até a metade do filme a ação e a tensão correm soltas e o suspense é de
tirar o fôlego. Mas na segunda parte, quando o copiloto tenta convencer um
jovem terrorista, também preso na cabine, a se entregar, o ritmo da ação
diminui e dá lugar a um frustrante período de calmaria. Não que isso
prejudique o resultado final, graças, principalmente ao roteiro engenhoso e à
atuação magistral de Joseph Gordon-Levitt. Ah, só para esclarecer, o “7.500” do
título refere-se ao código do Transponder de Emergência para “Interferência
Ilícita”. Pode encarar essa viagem. Garanto
que você não vai se arrepender.
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
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