segunda-feira, 27 de setembro de 2021

“7.500”, 2019, Alemanha/Áustria/EUA, 1h32m, produção Amazon Studios, disponível na plataforma desde o dia 18 de junho de 2020, direção de Patrick Vollrath, que também assina o roteiro com a colaboração de Senad Halilbasic. Conhecido como diretor de curtas – ele tem até um Oscar de Melhor Curta-Metragem, em 2016, por “Alles Wird Gut” -, com “7.500” Vollrath faz sua estreia na direção de um longa. E que estreia auspiciosa. O cineasta alemão consegue prender a atenção e manter um clima de tensão do começo ao fim, mesmo que toda a ação seja ambientada no pequeno espaço da cabine de comando do avião onde ficam o piloto e o copiloto. O avião com 85 passageiros está prestes a decolar de Berlim com destino a Paris. O piloto Michael Lutzmann (Carlo Kitzlinger) e o seu copiloto Tobias Ellis (Joseph Gordon-Levitt) iniciam os preparativos, tomando todas as providências para iniciar a contagem regressiva para o início do taxiamento. O diálogo entre piloto e copiloto é bastante realista, pois leva o espectador a conhecer os detalhes técnicos do procedimento. Logo depois da decolagem, quando a aeronave entra em ritmo de cruzeiro e com o piloto automático ligado, terroristas islâmicos anunciam que estão sequestrando o avião. Dois deles conseguem invadir a cabine de comando, assassinando o piloto. Caberá ao copiloto Tobias deter os terroristas e ainda pilotar o avião, mesmo com um grave ferimento no braço. Os demais terroristas tentam derrubar a porta da cabine, ameaçando matar os passageiros caso Tobias não os deixe entrar. A tensão aumenta a partir do primeiro passageiro assassinado. O desespero de Tobias aumenta ainda mais quando um dos terroristas ameaçam matar uma aeromoça, justamente sua namorada. A gente acompanha toda a ação como se estivesse na cabine, ou seja, quem for claustrofóbico vai passar mal. Até a metade do filme a ação e a tensão correm soltas e o suspense é de tirar o fôlego. Mas na segunda parte, quando o copiloto tenta convencer um jovem terrorista, também preso na cabine, a se entregar, o ritmo da ação diminui e dá lugar a um frustrante período de calmaria.  Não que isso prejudique o resultado final, graças, principalmente ao roteiro engenhoso e à atuação magistral de Joseph Gordon-Levitt. Ah, só para esclarecer, o “7.500” do título refere-se ao código do Transponder de Emergência para “Interferência Ilícita”. Pode encarar essa viagem. Garanto que você não vai se arrepender.       

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