sábado, 21 de agosto de 2021

 

“DEEP”, 2021, Tailândia, 1h41m, produção original Netflix (estreou dia 17 de julho de 2021). O filme foi escrito por Wisit Sasanatieng e dirigido por uma equipe de cinco estudantes da Universidade de Bangkok. Mas não pense que se trata de um filme totalmente amador, repleto de defeitos e realizado com equipamentos de má qualidade. Pelo contrário, parece coisa de profissional. É muito bem realizado e com um elenco bastante competente. A premissa é interessante: quatro estudantes da faculdade de medicina sofrem de insônia crônica e decidem participar, em troca de uma boa quantia em dinheiro, de um experimento pra lá de inusitado, sob o comando do dr. Hans Miller (Kim Waddoup), um cientista alemão maluco dono de um laboratório farmacêutico. O objetivo do experimento é saber por quanto tempo uma pessoa consegue ficar sem dormir. Para isso, é preciso aplicar um chip com queratonina na nuca das “cobaias”, ou seja, os estudantes Win, Jane, Cin e Peach (não identifico os atores, pois são ilustres desconhecidos para nós). A queratonina é uma substância que mantém os seres humanos acordados. Quando o nível está baixo, a pessoa corre o risco de dormir. Quando chega a zero, em no máximo 60 segundos a pessoa corre o risco de sofrer um infarto. É claro que os estudantes estarão correndo um grande risco de morte, principalmente durante a fase 2 do projeto, o que mantém o suspense até o desfecho. Eles começam a ter visões, desmaios e ficam agressivos. Para piorar a situação e aumentar ainda mais a tensão reinante, June, a irmã mais nova de Jane, também concorda em participar do experimento. Quase no desfecho, os estudantes descobrirão que uma professora da faculdade está por trás de tudo, em cumplicidade com o cientista alemão. Trocando em miúdos, “DEEP” tem suas qualidades, mas também alguns defeitos. Não é, porém, um filme descartável. Assista sem medo de ser feliz.   

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