domingo, 30 de maio de 2021

 

“THE LAST DAYS OF AMERICAN CRIME” (repito o título original, como está na Netflix), 2020, Estados Unidos, 2h29m, direção do cineasta francês Olivier Megaton. O roteiro, assinado por Karl Gajdusek, é uma adaptação da história em quadrinhos que leva o mesmo título, lançada em 2009, de autoria de Rick Remender e do ilustrador brasileiro Greg Tocchini. Trata-se de um filme de ação ambientado num futuro não muito distante.  O personagem principal é Graham Bricke (Edgar Ramirez), um conhecido ladrão de bancos que, ao lado de milhares de outros marginais, recebeu um chip, colocado atrás da orelha, que emite um sinal que impossibilita as pessoas de cometerem atos ilegais. Após passar por estudos de eficiência, o governo norte-americano resolve anunciar o dia em que o sinal do chip será acionado. Ao mesmo tempo em que isso está acontecendo, Bricke recebe a notícia de que seu irmão se suicidou na cadeia. Será que não foi assassinado? Enquanto tenta desvendar esse mistério, Bricke conhece Kevin Cash (Michael Pitt) e sua namorada Shelby Dupree (Anna Brewster), um casal de malandros drogados que o convida para praticar um último assalto antes do chip ser acionado. O fato de ser um montante de 1 bilhão de dólares desperta o interesse de Bricke. Os três planejam o assalto e a fuga para o Canadá. Apesar de algumas boas sequências de ação, uma especialidade do diretor Megaton (“Busca Implacável 2 e 3”, “Carga Explosiva 3”, “Colombiana: Em Busca de Vingança”), o filme se estende demais em diálogos fúteis e no romance de Bricke com Shelby, a namorada de Kevin. O ator venezuelano Edgar Ramirez, que continua sendo bastante requisitado por Hollywood, é o único do elenco que merece destaque por sua atuação. A atriz e modelo inglesa Anna Brewster não decepciona, mas também não convence. Michael Pitt exagera no papel de drogado, filhinho de papai e rebelde sem causa, assim como outros vilões caricaturais. Nunca fui muito amigo de adaptações das atuais histórias em quadrinhos, principalmente daqueles tais mangás japoneses. “The Last Days of American Crime” é mais uma decepcionante adaptação, com um roteiro complicado que se estende demais da conta, comprovando o exagero da duração de duas horas e meia. Trocando em miúdos, nada de especial, um filme apenas descartável.    

 

                               

        

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