domingo, 23 de maio de 2021

 

“EU SOU TODAS AS MENINAS” (“I AM ALL GIRLS”), 2020, África do Sul, 1h47m, roteiro e direção de Donovan Marsh. O cinema sul-africano não é muito conhecido por aqui, e, se não fosse a plataforma Netflix, jamais teríamos oportunidade de assistir a este ótimo drama baseado em fatos reais. Na década de 90, com a prisão do pedófilo Gert de Jager, a polícia descobriu um esquema de contrabando de meninas que envolvia não apenas figuras importantes do governo de Johanesburgo, mas também sheiks e autoridades de países árabes. As meninas eram sequestradas nas favelas e depois vendidas ao exterior. Anos depois, algumas figuras importantes começam a ser assassinadas com requintes de tortura. O peito das vítimas era marcado a ferro e fogo com as iniciais de meninas desaparecidas, provavelmente sequestradas e vendidas. É quando a detetive Jodie Snyman (Erica Wessels), do Departamento de Crimes Especiais, entra em ação, juntamente com o detetive Samuel Apendse (Brendon Daniels) e com a perita técnica Ntombizonke Bapai (Hlubi Mboya). Enquanto outros assassinatos da mesma forma continuavam acontecendo, Jodie descobre que o esquema de sequestro de garotas continuava. Até o desfecho, a policial terá de enfrentar a desconfiança de que um dos membros de sua equipe pode estar envolvido na morte dos pedófilos. Envolvida emocionalmente com o sofrimento das meninas sequestradas, Jodie começa a cometer alguns  abusos, principalmente depois de identificar algumas pessoas responsáveis pelo esquema, inclusive um ministro do Partido Nacional, ligado ao governo sul-africano. No desfecho da história, quando o caso parece estar resolvido, Jodie embarca sigilosamente para o Irã, onde um sheik esconde algumas garotas. O filme termina assim, o que sugere que, provavelmente, haverá uma sequência. Vamos aguardar. Trocando em miúdos, o filme é muito bom e esclarecedor com relação à prática abominável do sequestro de garotas para fins sexuais.   

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