“A
INCRÍVEL HISTÓRIA DA ILHA DAS ROSAS” (“L’INCREDIBILE STORIA DELLE ROSE”), 2020, Itália,
1h57m, produção Netflix, direção de Sydney Sibilia, que também assina o roteiro
com a colaboração de Francesca Manieri. A história é baseada em incríveis
eventos reais ocorridos no final dos anos 60. Giorgio Rosa (Elio Germano) é um
engenheiro que ficou conhecido em Rimini (cidade natal de Federico Fellini) por
suas invenções, inclusive um automóvel muito esquisito. Porém, ele não estava
particularmente feliz. Queria criar algo que tivesse uma grande repercussão e
modificasse sua vida. Em companhia de um amigo também engenheiro, Giorgio tem
a ideia que construir uma ilha – na verdade, uma plataforma de 400 m² suspensa
por pilares de aço. Giorgio queria mais do que uma ilha. Ele queria criar uma
nova nação independente. Por isso, a instalou 500 metros além das águas
territoriais italianas, a nomeou República da Ilha Rosa com o esperanto como
língua oficial. Georgio foi até mesmo para Nova Iorque tentar na ONU o reconhecimento
da nova nação. Devido à repercussão enorme na mídia, a “ilha” logo se
transformou num point da juventude de Rimini e de outras cidades
italianas. Milhares de jovens queriam abandonar a cidadania italiana para se
naturalizar cidadãos da nova nação. Claro que isso tudo começou a incomodar o
governo conservador italiano, que elaborou um plano para acabar com a ilha,
inclusive utilizando as forças armadas. Enfim, uma loucura imaginar que tudo
isso tenha acontecido de verdade. O ótimo elenco conta ainda com Fabrízio Bentivoglio,
Tom Wlaschiha, Matilda De Angelis e a participação especial do ator francês
François Cluzet ("Intocáveis"). Somente a história em si já é motivo para tornar “A Incrível
História da Ilha das Rosas” um filme obrigatório. Porém, tem mais: muito humor, romance e uma primorosa recriação de época que destaca uma deliciosa trilha sonora dos
anos 60. Mais um gol de placa do cinema italiano e da Netflix.
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