sexta-feira, 23 de outubro de 2020

 

REBECCA – A MULHER INESQUECÍVEL (“REBECCA”), 2020, Estados Unidos, produção e distribuição Netflix, 2h2m, direção de Ben Wheatley. A história foi adaptada do romance de Daphne Du Maurier, de 1938, um grande best-seller mundial na época e que se transformou em roteiro escrito por Joe Shrapnel, Jane Goldman e Anna Waterhouse. Já houve outra adaptação para o cinema, em 1940, dirigida por Alfred Hitchcock e que conquistou a estatueta do Oscar como Melhor Filme. Trata-se de um suspense psicológico cujo maior trunfo é realmente a ótima história criada pela escritora inglesa Daphne Du Maurier (1907-1989). Vamos a ela. O milionário Maxim De Winter (Armie Hammer) fica viúvo de Rebecca, morta num acidente de barco. Pouco tempo depois, ele conhece uma jovem cuidadora de idosos que logo se tornaria a sra. De Winter (a atriz inglesa Lily James) – o primeiro nome da personagem não é mencionado. O casal vai morar na mansão Manderley, na costa inglesa, pertencente à família De Winter há várias gerações. No que seria um verdadeiro conto de fadas, o casamento com Max se transformou num verdadeiro inferno para a nova sra. De Winter. A começar pela evidente rejeição a ela pela governanta mrs. Danvers (Kristin Scott Thomas), o mesmo sentimento de outros empregados da mansão, que sempre colocaram a falecida Rebecca num pedestal sagrado. A jovem mrs. De Winter também foi obrigada a conviver com o comportamento estranho do marido, ainda muito ligado às lembranças da esposa morta. Aos poucos, mrs. De Winter desvendará muitos segredos da vida de Rebecca, alguns relacionados com a sua morte. O desfecho trágico, numa sequência de grande suspense, consagra uma das histórias mais emocionantes e bem escritas da literatura mundial. No caso das adaptações para o cinema, o filme de 1940 é considerado, pela maioria dos críticos, como a melhor. Não discordo, mas acho que a nova versão também tem muitas qualidades, a começar pelas ótimas atuações de Kristin Scott Thomas e de Lily James, além dos cenários deslumbrantes e de um primoroso trabalho de fotografia. Filmaço!    

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