“BACURAU”, 2019,
Brasil, 2h10m, roteiro e direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.
Ou seja, feito a quatro mãos. Ou, melhor, dois cérebros. O que não quer dizer
nada, pois o filme é sem pé nem cabeça. A história é dividida
em três atos. Primeiro, a apresentação do pessoal do povoado de Bacurau, nos
cafundós do sertão, durante o velório e enterro da matriarca do lugar, dona
Carmelita. Tem a antiga moradora que volta para as exéquias, a médica do lugar,
o professor e outros personagens. Logo no início, o pessoal descobre que
Bacurau não está no mapa. Um lugar fictício? No segundo ato, aparece um grupo de turistas norte-americanos
que veio ao sertão do Brasil para participar de um tipo de gincana, durante a
qual ganha ponto a cada pessoa que matam. As vítimas, claro, são moradoras de
Bacurau e arredores. Para localizá-las e depois matá-las, o grupo utiliza
drones disfarçados de discos voadores (Vão vendo!). No terceiro e último
capítulo, os assassinos finalmente encontram a resistência do povoado, que vai
se defender com a ajuda de um cangaceiro sanguinário nascido no vilarejo. A guerra está lançada! “Bacurau”
é um filme meio surreal, que mistura gêneros como drama, faroeste caboclo, fantasia e
ficção científica. No fundo, no fundo, é um filme trash, daqueles tipo
invasão de zumbis, terror sanguinolento e outros congêneres. As filmagens
aconteceram na cidade de Barra, no Rio Grande do Norte. No elenco, destaque
para as presenças de Sônia Braga, do ator alemão Udo Kier, Bárbara Colen, Thomás Aquino, Silvero Pereira, Karine Teles, Lia de
Itamaracá e Wilson Rabelo. Apesar dos pesares, o filme dividiu o Prêmio do
Júri no 72º Festival de Cannes/2019 com "Les Misérables". Momento cultural: Bacurau é o nome de uma ave
de hábitos noturnos que vive no sertão brasileiro e também apelido do último
ônibus da madrugada no Recibe. Quer embarcar nessa arriscada aventura? Fique à
vontade.
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