terça-feira, 10 de dezembro de 2019


“AD ASTRA – RUMO ÀS ESTRELAS” (“AD ASTRA”), 2019, Estados Unidos, 2h01m, roteiro e direção de James Gray. Trata-se de uma ficção científica bem arrojada, com uma história pra lá de mirabolante, maluca mesmo, indicada para quem curte filmes com naves espaciais e viagens interplanetárias. Estamos num futuro bastante distante, quando o mundo inteiro de repente é afetado por ondas elétricas vindas não se sabe de onde e que estão ocasionando apagões em todo nosso planeta. O major Roy McBride (Brad Pitt), engenheiro e astronauta, é enviado para espaço com o objetivo de descobrir o que está acontecendo. Ele chega primeiro à Lua e depois a Marte. Em ambos estão instaladas bases militares espaciais norte-americanas. No meio da missão, os superiores entram em contato com Roy e dizem ter evidências de que seu pai, o também astronauta Clifford McBride (Tommy Lee Jones), que se perdeu no espaço há 20 anos no caminho para Netuno, pode estar vivo. Segundo foi apurado, Clifford abandonou sua missão inicial e partiu para outras galáxias tentando provar que existe vida inteligente em outros planetas, ao contrário das versões oficiais que já comprovaram não existir vida além da Terra (a afirmação é do filme). Perturbado pela notícia sobre a possibilidade de seu pai estar vivo, Roy desobedece a seus superiores, sequestra uma nave e parte para encontrar seu pai, se é que realmente está vivo. Se há algo que deve ser elogiado no filme de Gray (“Uma Vez em Nova Iorque”, “Z: A Cidade Perdida”) é o design de produção, com cenários deslumbrantes e uma fotografia das mais competentes, além de algumas cenas de ação muito bem realizadas. O que me irritou foi a utilização demasiada da narração em off, na qual Roy exprime seus pensamentos. Uma chatice que lembra os filmes abomináveis do intragável cineasta norte-americano Terrence Malick. No mais, “Ad Astra” (momento cultural: do latim traduzido para o português, “Rumo às Estrelas”) não merece muitos elogios e poucos motivos para recomendá-lo. Mas sou suspeito em dizer isso, pois nunca fui muito fã de filmes de ficção científica, principalmente aqueles com naves, astronautas, viagens interplanetárias e alienígenas. Completam o elenco Liv Tyler, Ruth Nega e Donald Sutherland. O filme estreou durante a programação oficial do Festival de Veneza no dia 29 de agosto de 2019. Indicado para aqueles que vivem no mundo da Lua.                   

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