quarta-feira, 30 de outubro de 2019


“VOX LUX: O PREÇO DA FAMA” (“VOX LUX”), 2018, EUA, 1h50m, segundo longa-metragem escrito e dirigido por Brady Corbet. A história começa em 1999, quando acontece uma terrível tragédia na classe do ensino fundamental de um colégio. A jovem Celeste (Raffey Cassidy) é uma das únicas sobreviventes. Sofre sequelas físicas e psicológicos, mas ganha notoriedade na mídia, o que alavanca sua carreira como cantora e compositora. Nessa atividade, ela ganha um empresário e protetor (Jude Law), que ainda a acompanhará por muitos anos. Celeste cresce e se transforma numa superstar da música pop. Nessa fase adulta, Celeste (agora interpretada por Natalie Portman) passa a ter um comportamento insuportável, se achando o máximo dos máximos, egocêntrica ao extremo e, pior, uma mulher amarga e, para coroar, alcoólatra. Além disso, nunca se dedicou como devia à sua filha adolescente Albertine (a mesma Raffey Cassidy que interpretou Celeste jovem). Grande parte da segunda metade do filme é dedicada justamente ao relacionamento entre mãe e filha, ambas tentando recuperar o tempo perdido. Muito também da segunda metade acaba virando um musical, com shows ao vivo de Celeste, muitas coreografias e inúmeros figurantes, provando a condição de Celeste como uma diva do pop. Não há muito mais o que se falar sobre “Vox Lux” (traduzido do latim, “A Voz da Luz”), apenas destacar o trabalho de Natalie Portman, uma atriz que se firmou no cenário cinematográfico de Hollywood depois de conquistar o Oscar de Melhor Atriz em 2010 pelo filme “Cisne Negro”. Há muito tempo que acompanho a trajetória de Portman, nascida em Israel e radicada nos Estados Unidos, desde que fez seu primeiro filme, “O Profissional”, de 1994, quando tinha apenas 13 anos. Também merece destaque o trabalho do diretor Brady Corbet em seu segundo longa-metragem. O primeiro, “A Infância de um Líder”, de 2015, foi premiado no Festival de Cinema de Veneza. Até então, Corbet era mais conhecido como ator de filmes como “Violência Gratuita”, “Melancolia” e “Acima das Nuvens”, entre outros. “Vox Lux” soa pretensioso demais, tem momentos de muito tédio e diálogos com a profundidade de um pires, tudo isso acompanhado da narração de Willen Dafoe, que me fez lembrar os filmes insuportáveis do insuportável diretor norte-americano Terrence Malick. Concluindo, “Vox Lux” é o tipo de filme que pode agradar ou desagradar. A mim, desagradou.       

Nenhum comentário: