“VOX LUX: O PREÇO DA FAMA” (“VOX
LUX”), 2018, EUA, 1h50m, segundo longa-metragem escrito e
dirigido por Brady Corbet. A história começa em 1999, quando acontece uma terrível
tragédia na classe do ensino fundamental de um colégio. A jovem Celeste (Raffey
Cassidy) é uma das únicas sobreviventes. Sofre sequelas físicas e psicológicos,
mas ganha notoriedade na mídia, o que alavanca sua carreira como cantora e
compositora. Nessa atividade, ela ganha um empresário e protetor (Jude Law),
que ainda a acompanhará por muitos anos. Celeste cresce e se transforma numa superstar
da música pop. Nessa fase adulta, Celeste (agora interpretada por Natalie
Portman) passa a ter um comportamento insuportável, se achando o máximo dos
máximos, egocêntrica ao extremo e, pior, uma mulher amarga e, para coroar, alcoólatra. Além disso, nunca se
dedicou como devia à sua filha adolescente Albertine (a mesma Raffey Cassidy
que interpretou Celeste jovem). Grande parte da segunda metade do filme é
dedicada justamente ao relacionamento entre mãe e filha, ambas tentando
recuperar o tempo perdido. Muito também da segunda metade acaba virando um
musical, com shows ao vivo de Celeste, muitas coreografias e inúmeros
figurantes, provando a condição de Celeste como uma diva do pop. Não há muito
mais o que se falar sobre “Vox Lux” (traduzido do latim, “A Voz da Luz”),
apenas destacar o trabalho de Natalie Portman, uma atriz que se firmou no cenário
cinematográfico de Hollywood depois de conquistar o Oscar de Melhor Atriz em
2010 pelo filme “Cisne Negro”. Há muito tempo que acompanho a trajetória de
Portman, nascida em Israel e radicada nos Estados Unidos, desde que fez seu
primeiro filme, “O Profissional”, de 1994, quando tinha apenas 13 anos. Também
merece destaque o trabalho do diretor Brady Corbet em seu segundo
longa-metragem. O primeiro, “A Infância de um Líder”, de 2015, foi premiado no
Festival de Cinema de Veneza. Até então, Corbet era mais conhecido como ator de
filmes como “Violência Gratuita”, “Melancolia” e “Acima das Nuvens”, entre outros.
“Vox Lux” soa pretensioso demais, tem momentos de muito tédio e diálogos com a
profundidade de um pires, tudo isso acompanhado da narração de Willen Dafoe, que
me fez lembrar os filmes insuportáveis do insuportável diretor norte-americano
Terrence Malick. Concluindo, “Vox Lux” é o tipo de filme que pode agradar ou
desagradar. A mim, desagradou.
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