“STAN E OLLIE – O GORDO E O
MAGRO” (“STAN & OLLIE”), 2018, Inglaterra, 1h39m,
direção do escocês Jon S. Baird, com roteiro de Jeffe Pope (do premiado “Philomena”).
Quem tem um pouco mais de idade e curtiu os tempos áureos do cinema conheceu
muito bem “O Gordo e o Magro”, dupla de comediantes que participou de mais de
100 filmes em Hollywood que foram sucesso no mundo inteiro. Mas quem conhece
Oliver Hardy e Stan Laurel? “Stan & Ollie” se propõe a dar essa resposta,
apresentando o retrato íntimo dos atores e suas personalidades, além da forte
amizade que os unia há tantos anos. Prepare-se para se divertir, se comover e
se emocionar. O filme começa em 1937, quando a dupla de comediantes estava no
auge do estrelato – eles reinaram em Hollywood e fizeram milhões de fãs no
mundo inteiro entre as décadas de 20 e 30 do século passado. Devido a uma
desavença que envolveu o famoso produtor Hal Roach (Danny Huston), que os
acompanhava desde o início da carreira, Oliver Hardy (John C. Reilly), o
“Gordo”, e Stan Laurel (Steve Coogan), o “Magro”, acabaram se separando.
Somente muitos anos depois, em 1953, voltariam a atuar juntos. Sem dinheiro e
em plena decadência artística, eles foram contratados para uma turnê por países
da Grã-Bretanha, primeiramente Irlanda e Escócia, atuando em teatros decadentes
e com pouco público, para terminar com um “gran finale” em Londres. A promessa
dos empresários que os reuniram era a de produzir um filme para relançar a
dupla caso a turnê fosse um sucesso. Nessa fase, entram em cena as esposas Lucille
Hardy (Shirley Henderson) e Ida Kitaeva Laurel (Nina Arianda), que sempre
tiveram papel importante na carreira dos seus maridos. A relação pessoal entre
as duas dependia dos humores dos seus companheiros. Se eles brigavam, elas
também brigavam. Hardy, o Gordo, aceitava que Laurel, o Magro, escrevesse os
esquetes e os diálogos. Laurel era o cérebro da dupla, o que perdurou até a
morte de Hardy, fato que determina o desfecho do filme. O desempenho de John C.
Reilly e Steve Coogan é sensacional. Eles captaram com perfeição os trejeitos
dos personagens que representam. Chega a ficar difícil distinguir eles dos
verdadeiros. A maquiagem de Reilly, que demorava três horas a cada dia de
gravação, é mais um destaque dessa maravilhosa produção inglesa. Os dois atores,
aliás, foram premiados em vários festivais, Reilly, por exemplo, com o Globo de
Ouro/2019 como Melhor Ator de Comédia e Coogan com o BAFTA (Academia Britânica
de Cinema e Televisão). Na verdade, se houvesse justiça, ambos teriam que
receber o Oscar. Mas, como dizia Geraldo Vandré, a vida não é só feita de
festivais. Resumo da ópera: “Stan & Ollie” é simplesmente espetacular, comove
e diverte, garantindo um ótimo entretenimento. Espere os créditos finais e se
divirta ainda mais. IMPERDÍVEL IMPERDÍVEL em dobro!
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