“55 PASSOS” (“55 STEPS”), 2017,
coprodução Alemanha/Bélgica/Estados Unidos, 1h55m, direção de Bille August, com
roteiro de Mark Bruce Rosin. O filme, baseado em fatos reais e falado em
inglês, relembra uma batalha jurídica que teve grande repercussão nos Estados Unidos
no final dos anos 80 do século passado. Eleanor Riese, uma paciente da unidade
psiquiátrica do St. Mary’s Hospital and Medical Center, na cidade de São
Francisco, solicitou uma advogada para lutar por seus direitos de paciente, ou
seja, para deixar de tomar medicação em excesso e sem seu consentimento,
causando em Eleanor sérios efeitos colaterais. Quem assumiu seu caso foi a
advogada Colette Hughes que, com a ajuda do professor de direito constitucional
Mort Cohen, conseguiu entrar com uma ação contra o St. Mary’s Hospital, levando
a questão a julgamento na Corte Suprema da Califórnia. O resultado vitorioso de
Colette e Cohen mudou os rumos da psiquiatria nos Estados Unidos, tornando os
tratamentos mais humanizados. A atriz britânica Helena Bonham Carter, com uma
atuação magistral, faz o papel de Eleanor. A atriz norte-americana Hilary Swank
é a advogada Coletteiré e o ator Jeffrey Tambor representa o professor Mort
Cohen. Bonham Carter assumiu o papel de Eleanor após a desistência de Vera Farmiga,
inicialmente indicada para o papel. O veterano diretor dinamarquês Bille August ganhou
destaque ao vencer o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o Globo de Ouro em
1989, além da Palma de Ouro no Festival de Cannes do ano anterior com o filme “Pelle,
o Conquistador”. Além deste, um espetáculo, também assisti a outros bons filmes
dirigidos por August, como “Trem Noturno para Lisboa”, “Os Miseráveis”, “As
Melhores Intenções” e “Casa dos Espíritos”. Portanto, história, elenco, roteiro
e direção fizeram de “55 Passos” um excelente entretenimento. Uma informação
final: os tais “55 Passos” dizem respeito aos degraus da escada que todo mundo
é obrigado a subir para chegar ao andar principal da Corte Suprema da
Califórnia.
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