“KARDEC: A HISTÓRIA POR TRÁS
DO NOME”, 2018, Brasil, 1h50m, roteiro e direção de Wagner de Assis.
Trata-se da cinebiografia de Alan Kardec, realizada em comemoração aos 150 anos
da morte daquele que é considerado o fundador e o principal decodificador da doutrina
espírita. O roteiro é uma adaptação do livro “Kardec: A Biografia” (2013), escrito
pelo jornalista Marcel Souto Maior. Ambientado em Paris, o filme começa em 1851
apresentando Hypolite Leon Denizard Rivail (Leonardo Medeiros) como um
professor liberal. Quando assumiu o Imperador Napoleão III, a Igreja Católica ganhou
poder para interferir no ensino, o que revoltou Hypolite, que logo pediu
demissão. Naquela época, havia em Paris uma febre sobre o tal fenômeno das
mesas giratórias, através das quais - acreditavam - era possível se comunicar com os espíritos.
Hypolite resolveu estudar o assunto e, a princípio, não acreditava em nada
daquilo. Passou então a frequentar sessões organizadas por médiuns. Numa delas,
recebeu a notícia de que tinha sido um druída chamado Alan Kardec em outra
encarnação. Hypolite adotou o nome, aderiu à doutrina e escreveu, em 1857, o
livro “O Livro dos Espíritos”, que teve enorme repercussão por toda a Europa,
transformando-se na “bíblia” da doutrina espírita. Resultado: foi banido do
clube de cientistas de Paris e perseguido pela Igreja Católica. Mas hoje seu nome é reconhecido no mundo inteiro como o fundador da Doutrina Espírita. O filme foi
quase todo rodado em Paris e o diretor Wagner de Assis utilizou um recurso
gráfico que “apagou” dos cenários não só pessoas, como também veículos e
estabelecimentos comerciais, enfim, tudo que mostrasse a capital francesa de
hoje. Participaram do elenco, além de Leonardo Medeiros, Sandra Corveloni,
Genézio de Barros, Dalton Vigh, Guida Viana, Letícia Braga, Julia Konrad e
Charles Erick. Mais um bom trabalho de Wagner de Assis, que ficou conhecido como
roteirista e diretor de novelas da Globo (“Além do Tempo”, de 2015-2016, e “Espelho
da Vida”, de 2018-2019) e de filmes espíritas, como “Nosso Lar”, sucesso de
bilheteria em 2010, e “A Menina Índigo”, de 2016. Quem tiver curiosidade, como
eu tive, de conhecer a vida de Alan Kardec e seu trabalho, “Kardec” é um ótimo
programa.
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