"A OLIVEIRA" (“El Olivo”), 2016,
Espanha, 1h40m. Belíssimo drama repleto de momentos comoventes, de grande
sensibilidade, e, melhor, de muito humor. Criada na zona rural do interior da
Província de Castellón, desde criança a jovem Alma (Anna Castillo) sempre foi
apegada ao avô Ramón (Manuel Cucala), que de repente deixou de falar e entrou
num estado de demência, não conhecendo mais ninguém. A grande paixão de Ramón
era uma oliveira muita antiga que pertencia à família há várias gerações e onde
Alma sempre sentava para conversar com o avô. Quando Alma tinha 10 anos e Ramón
já estava doente, a família resolveu vender a árvore para um empresário alemão.
Dez anos depois, Alma, vendo que a saúde do avô piorava, resolve encontrar a
tal oliveira e trazer de volta para Ramón, acreditando que assim ele recuperaria
a sanidade. Com a ajuda de uma amiga craque em internet, ela descobre que a
oliveira está exposta no salão de entrada da sede de uma grande empresa na
cidade alemã de Düsseldorf. Apelando para a chantagem emocional, Alma convence
o amigo Rafa (Pep Ambrós) e o tio Alcachofra (Javier Gutiérrez) a viajar de
caminhão para a Alemanha com o objetivo de resgatar a árvore. A direção do
filme leva a assinatura da atriz e diretora Icíar Bollaín. O primoroso roteiro
ficou a cargo de Paul Laverty, um veterano no ramo, autor de muitos roteiros
para o diretor inglês Ken Loach, tais como “A Parte dos Anjos”, “Ventos da Liberdade”,
“Eu, Daniel Blake” e “Jimmy's Hall”, entre outros. "A Oliveira" foi exibido por aqui durante a programação oficial da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro de 2018, e, que eu me lembre, não frequentou os cinemas. Como escrevi no início deste
comentário, trata-se de um filme bastante sensível e emotivo, um dos mais bonitos que
assisti nos últimos anos. Simplesmente imperdível!
Nenhum comentário:
Postar um comentário