“NO
PORTAL DA ETERNIDADE” (“AT ETERNITY’S GATE” – embora seja uma produção
francesa, o título original ficou em inglês), 2018, direção e roteiro do
cineasta norte-americano Julian Schnabel. A história, baseada em fatos reais,
acompanha os dois últimos anos de vida do pintor holandês Vincent Van Gogh
(Willem Dafoe), ou seja, a partir de 1888 até sua morte em 1890. Com seu
trabalho rejeitado por grande parte das galerias de arte de Paris, Van Gogh, a
conselho de seu amigo e mentor Paul Gauguin (Oscar Isaac), segue para o sul da
França, mais especificamente para as aldeias de Arles e Auvers-Sur-Oise – suas despesas
eram bancadas por seu irmão Theo Van Gogh (Rupert Friend). Em contato direto
com a Natureza, o pintor holandês viverá o seu período mais prolífico, quando
criou inúmeras obras importantes. Ao mesmo tempo, porém, começará a apresentar
sintomas de demência e depressão, fatores que o levaram a cortar a própria orelha.
A arte de Van Gogh só seria reconhecida muitos anos após sua morte – o pintor
morreu na pobreza. O diretor Julian Schnabel, que além de cineasta é um
renomado pintor, reconhecido como um dos mais importantes nomes do
neo-expressionismo atual, fez questão de explicar a arte e o pensamento de Van
Gogh através de longos e esclarecedores diálogos principalmente com seu amigo Paul Gauguin, com
o dr. Paul Gachet (Mathieu Amalric), seu médico no sanatório, e ainda com o
padre (Mads Mikkelsen) responsável por sua avaliação psicológica. Como podem
perceber, um elenco de luxo, que conta ainda com Niels Arestrup, Lolita
Chammah, Vincent Perez, Emmanuelle Seigner e Anne Consigny. Lembro ainda que
Schnabel também dirigiu filmes importantes como “O Escafandro e a Borboleta”,
“Antes do Anoitecer”, “Miral” e Basquiat – Traços de Uma Vida”. No caso de “No
Portal da Eternidade”, Schnabel talvez tenha realizado o melhor e mais interessante filme sobre o
famoso e polêmico pintor holandês. Imperdível!
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