“MADMOISELLE
PARADIS” (“Licht”), 2017, coprodução Alemanha/Áustria, 1h37m,
direção da italiana Barbara Alberti, que também assina o roteiro com Kathrin Resetarits.
A história, ambientada na Viena de 1777, foi inspirada em fatos reais. Aos 18
anos, cega de nascença, Maria Therasia von Paradis (Maria-Victoria Dragus) fazia
sucesso como pianista, uma verdadeira virtuose,
que encantava os salões da aristocracia austríaca, incluindo a corte real. Mas
Paradis mostrava-se infeliz com sua deficiência, ameaçando não tocar mais. Os
pais, também membros da aristocracia de Viena, resolveram levá-la à clínica do
dr. Franz Anton Mesmer (David Striesow), que na época conseguira alguns avanços
na recuperação de deficientes visuais com métodos que lembram muito o Reiki, embora este tenha sido criado em
1922 pelo monge budista Mikao Usui. O roteiro reserva grande espaço para
mostrar o tratamento utilizado por Mesmer, sua relação com Paradis e, por fim,
a cura de sua famosa paciente. Só que teve um porém: ao se ver curada da cegueira,
a jovem começa a perder sua virtuosidade musical. Há vários motivos que fazem
deste drama alemão um excelente filme. A começar pelo impressionante desempenho
da jovem atriz romena Maria-Victoria Dragus, digno de Oscar. Além
disso, o filme destaca-se também pela excelente fotografia, pela belíssima
direção de arte e pela caprichada recriação de época, sem falar na ótima história. Um filme que
merece ser visto.
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