segunda-feira, 22 de abril de 2019


“MADMOISELLE PARADIS” (“Licht”), 2017, coprodução Alemanha/Áustria, 1h37m, direção da italiana Barbara Alberti, que também assina o roteiro com Kathrin Resetarits. A história, ambientada na Viena de 1777, foi inspirada em fatos reais. Aos 18 anos, cega de nascença, Maria Therasia von Paradis (Maria-Victoria Dragus) fazia sucesso como pianista, uma verdadeira virtuose, que encantava os salões da aristocracia austríaca, incluindo a corte real. Mas Paradis mostrava-se infeliz com sua deficiência, ameaçando não tocar mais. Os pais, também membros da aristocracia de Viena, resolveram levá-la à clínica do dr. Franz Anton Mesmer (David Striesow), que na época conseguira alguns avanços na recuperação de deficientes visuais com métodos que lembram muito o Reiki, embora este tenha sido criado em 1922 pelo monge budista Mikao Usui. O roteiro reserva grande espaço para mostrar o tratamento utilizado por Mesmer, sua relação com Paradis e, por fim, a cura de sua famosa paciente. Só que teve um porém: ao se ver curada da cegueira, a jovem começa a perder sua virtuosidade musical. Há vários motivos que fazem deste drama alemão um excelente filme. A começar pelo impressionante desempenho da jovem atriz romena Maria-Victoria Dragus, digno de Oscar. Além disso, o filme destaca-se também pela excelente fotografia, pela belíssima direção de arte e pela caprichada recriação de época, sem falar na ótima história. Um filme que merece ser visto.     

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