quarta-feira, 2 de janeiro de 2019


“A ÚLTIMA NOTA” (“Para Telefaxio Simeioma” – a tradução para o português é minha, baseada no título “The Last Note”, pelo qual o filme foi lançado nos países de língua inglesa – não acredito que chegue por aqui), 2017, Grécia, 117 minutos, direção de Pantelis Voulgaris, que é autor do roteiro assinado também por Ionna Karystiani. Trata-se de mais um drama histórico baseado em fatos reais ocorridos durante a Segunda Grande Guerra. Desta vez, as vítimas dos nazistas são os gregos. A Grécia ocupada pelo exército alemão também tinha seus campos de concentração. A história do filme é ambientada num deles, Chaidari, na província de Kaisariani. Os prisioneiros eram membros da resistência, comunistas e judeus – ou seja, os de sempre.  Em represália ao assassinato de um general alemão numa emboscada realizada por militantes da resistência grega, veio a ordem de Berlim para que 200 prisioneiros do campo de Chaidari fossem assassinados. Um dos personagens principais da história é Napoleon Soukatzidis (Andreas Konstantinou), prisioneiro que servia de tradutor para o oficial Karl Fischer (o ótimo ator alemão André Hennicke) durante os interrogatórios e torturas dos presos. As cenas que mostram o fuzilamento dos 200 prisioneiros são bastante impactantes e comoventes, assim como aquelas que mostram os jurados de morte dançando ao som de músicas populares gregas antes da execução. Só para lembrar: o diretor grego Pantelis Voulgaris é o mesmo do excelente “Little England”, de 2013, filme dos mais premiados nos festivais de cinema mundo afora.   

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