“A
ÚLTIMA NOTA” (“Para Telefaxio Simeioma” – a tradução para o
português é minha, baseada no título “The Last Note”, pelo qual o filme foi
lançado nos países de língua inglesa – não acredito que chegue por aqui), 2017,
Grécia, 117 minutos, direção de Pantelis Voulgaris, que é autor do roteiro assinado
também por Ionna Karystiani. Trata-se de mais um drama histórico baseado em
fatos reais ocorridos durante a Segunda Grande Guerra. Desta vez, as vítimas
dos nazistas são os gregos. A Grécia ocupada pelo exército alemão também tinha
seus campos de concentração. A história do filme é ambientada num deles, Chaidari,
na província de Kaisariani. Os prisioneiros eram membros da resistência, comunistas
e judeus – ou seja, os de sempre. Em
represália ao assassinato de um general alemão numa emboscada realizada por militantes
da resistência grega, veio a ordem de Berlim para que 200 prisioneiros do campo
de Chaidari fossem assassinados. Um dos personagens principais da história é
Napoleon Soukatzidis (Andreas Konstantinou), prisioneiro que servia de tradutor
para o oficial Karl Fischer (o ótimo ator alemão André Hennicke) durante os
interrogatórios e torturas dos presos. As cenas que mostram o fuzilamento dos
200 prisioneiros são bastante impactantes e comoventes, assim como aquelas que mostram os jurados de morte dançando ao som de músicas populares gregas antes da execução. Só para lembrar: o
diretor grego Pantelis Voulgaris é o mesmo do excelente “Little England”, de
2013, filme dos mais premiados nos festivais de cinema mundo afora.
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