quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

"LÍDA BAAROVÁ", 2016, coprodução Eslováquia/República Tcheca, 1h46, direção de Filip Renc. O drama biográfico conta uma história pouco conhecida por nós, a da atriz tcheca Lída Baarová (1914-2000), famosa nos anos 30 não apenas por atuar em filmes de sucesso, mas também por ter sido amante do figurão nazista Joseph Goebbels, Ministro das Comunicações de Hitler e um dos idealizadores do Holocausto.  Lída Baarová (na verdade o nome artístico de Ludmila Babková) saiu de Praga (Tchecoslováquia) ainda jovem para tentar a sorte no cinema alemão, mais especificamente nos estúdios de Babelsberg (Berlim), então considerada a Hollywood europeia. Lída (Tatiana Pauhofová) não demorou a conquistar fama principalmente depois de contracenar filmes românticos com o maior galã alemão da época, Gustav Fröhich (Gedeon Burkahard), com o qual casaria logo depois. A beleza da atriz tcheca impressionou Goebbels, que passou a assediá-la de forma acintosa, mesmo depois dela ter-se casado com Gustav. O poder e a inteligência de Goebbels acabaram por fascinar a jovem atriz tcheca, independente do nazista ser casado e ter vários filhos. O caso virou um escândalo nos jornais e Hitler foi obrigado a intervir, pelo bem do nazismo e da família alemã. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Lída foi considerada traidora, acabou presa e condenada à morte, o que não aconteceu graças à interferência do seu pai, amigo de um líder comunista. Lída continuaria a atuar em filmes na Espanha e na Itália, dedicando-se posteriormente ao teatro. Resumo da ópera: o filme “Lída Baarová” é excelente, apresenta atuações soberbas da atriz tcheca Tatiana Pauhofová e do ator austríaco Karl Markovics como Goebbels, além do excelente roteiro e da primorosa ambientação de época – cenários e figurinos. Eu concluo dizendo que é uma verdadeira obra-prima do cinema europeu, à disposição na programação da Netflix. Não deixe de assistir!      

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