“EM
BUSCA DE FELLINI” (“In Search of Fellini”), coprodução EUA/Itália,
2017, longa-metragem de estreia do diretor sul-africano de curtas Taron Lexton,
seguindo o roteiro escrito por Nancy Cartwright e Peter Kjenaas. Trata-se de
uma bela homenagem ao grande diretor italiano Federico Fellini (1920-1993). Ambientada
no início dos anos 90, pouco antes da morte de Fellini, a história - baseada em fatos reais - é centrada
em Lucy (Ksenia Solo), uma garota de 20 anos residente numa cidade de Ohio
(EUA). Ela é muito tímida e superprotegida pela mãe Claire (Maria Bello), tem
dificuldade de encarar a realidade da vida e, por isso, passa os dias
assistindo a filmes antigos e vivendo num verdadeiro mundo de sonhos. Numa mostra
dedicada ao cineasta italiano, Lucy fica encantada com o estilo onírico de
Fellini, passando a alugar todos os seus filmes. Uma paixão fulminante, a tal
ponto de ir para a Itália tentar um encontro com o diretor. Enquanto aguarda
uma resposta, Lucy visita alguns cenários dos filmes mais
famosos de Fellini e, em algumas cenas fantasiosas, contracena com alguns dos
principais personagens – estilizados, é claro - de “A Doce Vida”, “A Estrada da
Vida”, “Satyricon” e “8 ½”. Senti falta de menções a “Amarcord”, meu filme
preferido de Fellini. “Em Busca de Fellini” ganhou os prêmios de Melhor Filme,
Melhor Diretor e Melhor Atriz (Ksenia) no Festival de Ferrara (Itália). Resumo da
ópera: o filme é muito bom, principalmente para ser curtido pelos fãs do grande
diretor italiano, como eu, e uma grande oportunidade para que as novas gerações
conheçam um pouco da arte desse gênio do cinema.
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