“A
FUGA” (“THE ESCAPE”), 2017, Inglaterra, roteiro e direção de Dominic
Savage (mais conhecido como roteirista e diretor de séries da TV inglesa). A
história: Tara (Gemma Arterton) é uma mulher que entrou na casa dos trinta e
começa a rever os seus valores. Ela é casada com Mark (Dominic Cooper), tem
dois filhos pequenos e mora numa bela casa num bairro de classe média alta. Ou seja, leva uma vida confortável. Mas sua rotina como dona de casa não é fácil: acordar e vestir as crianças, preparar o
café da manhã, levar os filhos para o colégio e ainda escolher e fazer o nó na
gravata do marido. É dose, sem contar o fato de que Mark acorda sempre disposto
a fazer sexo, mesmo que ela não esteja a fim. Essa árdua rotina acaba
provocando um surto depressivo em Tara, que expõe sua insegurança, infelicidade
e total incapacidade de ser um exemplo de dona de casa. Ela não aguenta mais e
um dia resolve “explodir”. Ou seja, pega um trem para Paris, passagem só de ida,
e fica perambulando pela capital parisiense para meditar. O que fazer com sua
vida dali em diante? Quando retorna a Londres, faz uma visita à sua mãe Anna
(Marthe Keller) em busca de um conselho. Tara quer liberdade. Sua mãe define
bem a situação: “Casamento e liberdade não combinam”. Simples assim. Será que
Tará voltará para a sua família? Assista ao filme para saber a resposta. É um
drama pesado, bem ao gosto do talento dramático da atriz inglesa Gemma
Arterton, que está ótima no papel. Seu coadjuvante, Dominic Cooper, é um
excelente ator, como já comprovou principalmente no excelente e pouco divulgado
“O Dublê do Diabo”, de 2011, quando faz o papel de sósia do sádico Uday
Hussein, filho de Saddam. O talento desses dois atores vale o ingresso. O filme
estreou no Toronto International Film 2017, recebendo rasgados elogios. Prefiro
indicá-lo como uma opção alternativa.
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