“OPERAÇÃO
FINAL” (“OPERATION FINALE”), 2018, EUA, direção de Chris
Witz, com roteiro de Matthew Orton, produção da Netflix (o que significa que provavelmente
não chegará a ser exibido nos circuitos comerciais). A história é toda baseada
em fatos reais, bastante conhecidos. Em 1960, portanto quinze anos depois do
final da Segunda Guerra Mundial, agentes do Mossad (serviço secreto de Israel) localizaram
o nazista Adolf Eichmann na Argentina, conseguindo sequestrá-lo e enviá-lo para
ser julgado em Israel. Como todo mundo sabe, Eichmann foi o grande idealizador
dos campos de concentração e da “Solução Final”, o holocausto de 10 milhões de
pessoas, a maioria judeus. Os bastidores de toda essa história estão neste ótimo
drama histórico, talvez o melhor já feito sobre a prisão de Eichmann. O filme
também dá destaque a um fato bastante tenebroso: a presença maciça de nazistas
na Argentina. O ator inglês Ben Kingsley rouba a cena como o assassino nazista,
numa interpretação digna de Oscar (ele já é dono da estatueta de Melhor Ator por "Gandhi", em 1983). Outra boa presença é a do ator guatemalteco
Oscar Isaac como Peter Malkin, chefe da equipe do Mossad. Aliás, a cena em que
o israelense barbeia Eichmann com uma navalha é uma das mais angustiantes que
já vi no cinema. Também estão no elenco Joe Alwyn, Mélanie Laurent e Greta
Scacchi. Fiquei triste ao constatar que a atriz italiana Greta Scacchi, que faz
o papel de Vera Eichmann, esposa do nazista, está envelhecida e bastante
inchada, embora ainda moça (58 anos). Era uma atriz lindíssima, uma das minhas
musas do cinema. O diretor Chris Weitz tem uma boa carreira em Hollywood, com filmes como "A Bússola de Ouro", "Um Grande Garoto" e "A Saga Crepúsculo: Lua Nova". Este "Operação Final" talvez seja o seu melhor filme.
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