“O
MOTORISTA DE TÁXI” (“TAEKSI WOONJUNSA”), 2017, Coreia do Sul, roteiro
e direção de Jang Hoon. Mais um excelente exemplar do cada vez melhor cinema
sul-coreano. A história é baseada em incríveis fatos reais ocorridos em maio de
1980, quando o motorista de táxi Man-Seop (Song Kang-Ho, o ator sul-coreano mais popular da atualidade), afundado em dívidas,
aceita levar o jornalista alemão Peter (Tohmas Kretschmann) de Seul para a
cidade de Gwangiu, onde o exército do ditador Chun Doo-Hwan promovia uma
sangrenta repressão contra os contrários ao governo, assassinando centenas de
civis, principalmente estudantes. Alheio aos acontecimentos, Man-Seop acha que
sua missão será tranquila. Mal sabe ele que será envolvido nas manifestações,
correndo risco de vida, ele e o jornalista alemão. O grande mérito desse filme
é relembrar com realismo o que aconteceu naquela época, ou seja, um fato
histórico da maior importância. Apesar do contexto violento da história, o
diretor Jang Hoon conseguiu alguma sensibilidade com a amizade entre o
motorista de táxi e o jornalista alemão. Nos créditos finais, o verdadeiro
jornalista alemão aparece vinte e tantos anos depois dando um depoimento emocionado
sobre essa amizade, afirmando que teria a maior alegria em reencontrar o amigo
sul-coreano, o que, infelizmente, não aconteceu. O filme é ótimo, imperdível! Para
terminar, lembro que foi o filme escolhido para representar a Coreia do Sul na
disputa do Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro.
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