Ao contrário do que diz o
material de divulgação, “DEIXE A LUZ DO
SOL ENTRAR” (“UN BEAU SOLEIL
INTÉRIEUR”), 2017, França, não é uma comédia romântica, mas sim um drama.
Talvez comédia dramática, mas romantismo passa longe. A história é centrada na
vida amorosa da artista plástica Isabelle (Juliette Binoche). Mulher de meia-idade, divorciada e com uma filha, Isabella vive vários relacionamentos, ao mesmo
tempo em que tem um amante fixo, Vincent (Xavier Beauvois), um banqueiro
arrogante e ainda por cima casado. Ela quer mais afeição e busca conseguir
quando sai pela noite para dançar, programa que acaba quase sempre na cama com
alguém. Foi assim com um ator de teatro (Nicolas Duvauchelle, que tem uma incrível
semelhança com o grande Marcello Mastroianni jovem), com um diretor de galeria
e com outros tantos. Mesmo com essa variedade de amantes, Isabelle sofre de
carência afetiva, pois quase sempre seus romances acabam rápido, entre brigas e
desilusões. Já no final, Isabelle consulta um terapeuta (Gérard Depardieu, em
participação especial) para tentar resolver sua carência. Aos 54 anos, Juliette
Binoche ainda é uma mulher muito bonita, charmosa e sensual, além de ótima
atriz (ela é a mais bem-paga do cinema francês). Binoche tem um Oscar de Melhor
Atriz Coadjuvante por “O Paciente Inglês”, de 1996, e nada menos do que seis
indicações para o César (o Oscar francês), sendo que numa delas, justamente em “Deixe
a Luz do Sol Entrar”, conquistou o prêmio de Melhor Atriz. Realmente, ela é
fantástica, a alma desse bom drama francês dirigido pela veterana diretora Claire
Denis (“Minha Terra, África”, “Desejo e Obsessão” e “35 Doses de Rum”).
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