quarta-feira, 22 de agosto de 2018


Ao contrário do que diz o material de divulgação, “DEIXE A LUZ DO SOL ENTRAR” (“UN BEAU SOLEIL INTÉRIEUR”), 2017, França, não é uma comédia romântica, mas sim um drama. Talvez comédia dramática, mas romantismo passa longe. A história é centrada na vida amorosa da artista plástica Isabelle (Juliette Binoche). Mulher de meia-idade, divorciada e com uma filha, Isabella vive vários relacionamentos, ao mesmo tempo em que tem um amante fixo, Vincent (Xavier Beauvois), um banqueiro arrogante e ainda por cima casado. Ela quer mais afeição e busca conseguir quando sai pela noite para dançar, programa que acaba quase sempre na cama com alguém. Foi assim com um ator de teatro (Nicolas Duvauchelle, que tem uma incrível semelhança com o grande Marcello Mastroianni jovem), com um diretor de galeria e com outros tantos. Mesmo com essa variedade de amantes, Isabelle sofre de carência afetiva, pois quase sempre seus romances acabam rápido, entre brigas e desilusões. Já no final, Isabelle consulta um terapeuta (Gérard Depardieu, em participação especial) para tentar resolver sua carência. Aos 54 anos, Juliette Binoche ainda é uma mulher muito bonita, charmosa e sensual, além de ótima atriz (ela é a mais bem-paga do cinema francês). Binoche tem um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “O Paciente Inglês”, de 1996, e nada menos do que seis indicações para o César (o Oscar francês), sendo que numa delas, justamente em “Deixe a Luz do Sol Entrar”, conquistou o prêmio de Melhor Atriz. Realmente, ela é fantástica, a alma desse bom drama francês dirigido pela veterana diretora Claire Denis (“Minha Terra, África”, “Desejo e Obsessão” e “35 Doses de Rum”).                                               

Nenhum comentário: