“LOU”
(“Lou Andreas-Salomé”),
Alemanha/Áustria, 2016, marca a estreia no roteiro e direção de Corula
Kablitz-Post, mais conhecida como diretora de documentários para a TV alemã. O
filme, baseado em fatos reais, conta a história da psicanalista, filósofa e
romancista Lou Andreas-Salomé, russa nascida em São Petersburgo numa família
abastada e que desde jovem era fanática pelos filósofos gregos, os quais
estudou a fundo. Lou era uma mulher fascinante, muito à frente do seu tempo. Despertou
paixões e foi amante de homens como os filósofos Friedrich Nietzsche e Paul Rée,
assim como do poeta Rainer Maria Rilke. Como psicanalista, influenciou ninguém
menos do que Sigmund Freud, de que foi aluna, amiga e colaboradora. O roteiro é
baseado nas memórias de Lou, que resolveu, aos 72 anos, já bastante doente, contar
todos os detalhes ao jovem filólogo Ernest Pfeiffer. O elenco é ótimo:
Katharina Lorenz (Lou adulta), Nicole Heesters (Lou idosa), Liv Lise Fries (Lou
jovem), Phlipp Haub (Pau Rée), Julius Feldmeier (Rilke), Alexander Scheer
(Nietzsche), Merab Ninidze (Friedrich Carl Andreas), Mattias Lear (Ernest Pfeiffer) e Harald Schrott (Freud). O
filme é excelente, e nem mesmo os inúmeros diálogos de muita erudição e
citações filosóficas conseguem prejudicar o ritmo, sem em nenhum momento cair na monotonia. A recriação de época, incluindo os figurinos, é primorosa. Para quem gosta de exercitar os
neurônios e ampliar o seu nível de cultura, “Lou” é um filme simplesmente
imperdível.
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