“OS
FANTASMAS DE ISMAËL” (“LES FANTÔMES D’ISMAËL”), 2017, França, roteiro e direção de Arnaud
Desplechin. Acho que o cinema francês é, atualmente, o que oferece os melhores
e mais interessantes filmes. Claro que, de vez em quando, pisa na bola. A
pisada mais recente é este drama de roteiro complicado, o chamado “filme-cabeça”,
que confunde os neurônios dos espectadores. E olha que o elenco é ótimo:
Mathieu Amalric, Marion Cotillard, Charlotte Gaisbourg, Louis Garreal e Alba
Rohrwacher. O cineasta Ismaël (Amalric) vive um romance com a astrofísica Sylvia
(Gainsbourg). Há 21 anos, ele foi abandonado pela primeira esposa, Carlotta
(Cotillard), que sumiu de repente e poucos anos depois foi dada como morta. Só
que a “falecida” volta para tumultuar o ambiente, colocando em risco a
felicidade do novo casal. Sylvia fica enciumada e exige que Carlotta suma do
pedaço, o que acaba resultando um grande conflito. Alternando-se com essa
história, há uma outra: o caso de Ivan Dedalus (Garrel), que passa num teste para entrar
para a diplomacia francesa e resolve casar com a jovem Arielle Faunia
(Tohrwacher). Não há qualquer relação entre uma história e outra, a não ser que
seja um filme dentro de outro, o que não fica muito claro, pelo menos para
minha humilde inteligência. Acho que só confunde a cuca do espectador. Apesar
de pretensioso e de difícil compreensão, o filme foi selecionado para abrir o
Festival de Cannes 2017, além de ser indicado ao prêmio de Melhor Filme
Estrangeiro no Festival de Munique 2017. Ah, como destaque, recomendo a cena de
nu frontal protagonizada por Marion Cotillard, sem dúvida a melhor coisa desse
filme. Do mesmo diretor francês, recomendo “Terapia Intensiva” e “Três
Lembranças da Minha Juventude”, bem melhores do que este.
Nenhum comentário:
Postar um comentário