domingo, 24 de setembro de 2017

“DE CANÇÃO EM CANÇÃO” (“Song to Song”), 2017, EUA, 2h08min, roteiro e direção de Terrence Malick. Mais um daqueles filmes indecifráveis do polêmico diretor norte-americano. O pano de fundo é o cenário musical roqueiro de Austin (Texas), com participações especiais de Iggy Pop, Patti Smith e dos integrantes do Sex Pistols e Red Hot Chilli Peppers. Pelo que dá a entender – é difícil decifrar Malick –, a história envolve o compositor BV (Ryan Gosling), a cantora Faye (Rooney Mara) e o produtor musical Cook (Michael Fassbender), integrados no trabalho e também entre os lençóis. Aí, do nada, aparecem Rhonda (Natalie Portman), Amanda (Cate Blanchett) e Zoey (Bérénice Marlohe), que também participarão dos jogos de sedução e das traições. Tudo muito complicado e inexplicável, deixando o espectador na dúvida de quem é quem e o que está acontecendo. Típico de Malick, que já havia nos brindado com os insuportáveis “A Árvore da Vida”, “Amor Pleno” e “Cavaleiro de Copas”. Em “De Canção em Canção”, o diretor mantém o seu estilo de filmar que contempla mais o visual do que a história em si. A câmera está em constante movimento – o que certamente afetará o espectador que sofre de labirintite. Malick utiliza também os recursos do zoom in-out e lentes grande-angulares, amplificando os cenários. O estilo do diretor também contempla a narração em off, com vozes em sussurros, dizendo frases incoerentes e sem qualquer sentido. Conseguir assistir até o final pode considerado um verdadeiro ato heroico. O Malick irritante de sempre.                                                                

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