“BORBOLETA
NEGRA” (“Black Butterfly”), 2017, EUA, roteiro de
Justin Stanley e Marc Frydman, direção de Briam Goodman (é o seu segundo
longa). Trata-se da refilmagem do suspense francês “Papillon Noir”, de 2008. O
filme começa com o noticiário informando que três mulheres estão desaparecidas
e que, provavelmente, tenham sido assassinadas, e que a polícia prossegue as
investigações. A partir daí, a narrativa passa a acompanhar o escritor Paul
(Antonio Banderas), que há anos comprou uma casa na montanha para se isolar e
buscar inspiração para um novo livro ou para um roteiro de cinema. Só que a
inspiração não vem e ele se entrega à bebida. Numa ida à cidade para se encontrar
com Laura (Piper Perabo), uma corretora imobiliária – ele quer vender a casa,
pois está sem dinheiro -, Paul se desentende com um motorista de caminhão. Os
dois se reencontram pouco depois, e quem salva Paul de levar uma surra do
motorista é Jack (Jonathan Rhys Meyers), um sujeito misterioso que está na
estrada sem eira nem beira. Em agradecimento, Paul convida Jack para se hospedar
em sua casa. O comportamento de Jack, porém, é muito estranho e logo leva o
espectador a suspeitar que ele é o responsável pelos assassinatos anunciados no
começo. E Paul irá se arrepender amargamente de tê-lo acolhido em sua casa. A surpreendente
reviravolta perto do desfecho dá uma boa
aliviada na história, que caminhava num ritmo bastante morno e quase
entediante. Resumo da ópera: como suspense, não decepciona, embora esteja longe de ser um ótimo filme. Ao contrário do fraco Banderas, o ator
irlandês Jonathan Rhys Meyers dá conta do recado no papel de vilão. Curiosa é a
pequena ponta como ator do polêmico diretor Abel Ferrara (“Napoli, Napoli,
Napoli” e “Pasolini"). Vamos esperar que Banderas tenha melhor sorte em seu próximo
filme, ainda em fase de produção: “Lamborghini: The Legend”, ao lado de Alec
Baldwin e sob a direção de Michael Radford (”O Carteiro e o Poeta”).
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