domingo, 25 de junho de 2017

Em 2007, uma equipe pertencente à Ong francesa “Arca de Zoé” tentou resgatar 103 crianças órfãs do Chade para levá-las à França para adoção. Para evitar os trâmites burocráticos de imigração, a ação teria de ser secreta, envolvendo visitas às aldeias perto da fronteira de Darfur, além do aluguel de um Boeing-737 para transportar as crianças. Porém, por trás de uma aparente ação humanitária, havia outras intenções não muito escrupulosas. Essa história foi transformada no filme “OS CAVALEIROS BRANCOS” (“Les Chevaliers Blancs”), 2015, França/Bélgica, direção de Joachim Lafosse, que escreveu o roteiro juntamente com Thomas Van Zuylen, Julie de Carpentries e Zélia Abade, com base no livro “Les Chevaliers Blancs”, de François-Xavier Pinte e Geoffroy D’Ursel. Os personagens da história real receberam nomes fictícios, como Jacques Arnault (Vincent Lindon), chefe da missão, Laura (Louise Bourgoin), a repórter Françoise (Valérie Donzelli) e Xavier (Reda Kateb), além de médicos e enfermeiros. A Ong do filme foi intitulada “Move for Kids”. Ao invés de priorizar o clima de tensão e perigo enfrentado pela equipe em suas visitas às aldeias em meio a uma guerra civil, o diretor preferiu destacar a rotina do grupo e os desentendimentos entre seus integrantes, que divergiam sobre as verdadeiras intenções da Ong. Com essa opção, Lafosse privilegiou a falação ao invés da ação. De qualquer forma, vale pela presença sempre marcante de Vincent Lindon e pela história em si, que ficou pouco conhecida por aqui.            


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