Em 2007, uma equipe pertencente à Ong francesa “Arca
de Zoé” tentou resgatar 103 crianças órfãs do Chade para levá-las à França para
adoção. Para evitar os trâmites burocráticos de imigração, a ação teria de ser
secreta, envolvendo visitas às aldeias perto da fronteira de Darfur, além do
aluguel de um Boeing-737 para transportar as crianças. Porém, por trás de uma
aparente ação humanitária, havia outras intenções não muito escrupulosas. Essa
história foi transformada no filme “OS CAVALEIROS BRANCOS” (“Les
Chevaliers Blancs”), 2015, França/Bélgica, direção de Joachim Lafosse, que
escreveu o roteiro juntamente com Thomas Van Zuylen, Julie de Carpentries e
Zélia Abade, com base no livro “Les Chevaliers Blancs”, de François-Xavier
Pinte e Geoffroy D’Ursel. Os personagens da história real receberam nomes
fictícios, como Jacques Arnault (Vincent Lindon), chefe da missão, Laura
(Louise Bourgoin), a repórter Françoise (Valérie Donzelli) e Xavier (Reda
Kateb), além de médicos e enfermeiros. A Ong do filme foi intitulada “Move for
Kids”. Ao invés de priorizar o clima de tensão e perigo enfrentado pela equipe
em suas visitas às aldeias em meio a uma guerra civil, o diretor preferiu
destacar a rotina do grupo e os desentendimentos entre seus integrantes, que
divergiam sobre as verdadeiras intenções da Ong. Com essa opção, Lafosse privilegiou
a falação ao invés da ação. De qualquer forma, vale pela presença sempre marcante
de Vincent Lindon e pela história em si, que ficou pouco conhecida por aqui.
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