domingo, 21 de maio de 2017

 O pano de fundo é a questão da pena de morte na África do Sul, abolida somente em 1995 quando Mandela assumiu a presidência do país. Até aquela data, ocorreram 4.200 execuções. O drama inglês “CORDEIROS E CARRASCOS” (“Shepherds and Butchers”), direção do sul-africano Oliver Schmitz, aborda o tema baseado no que ocorreu na capital executiva Pretória em 1987, quando aconteceram 164 enforcamentos. A história, baseada em fatos reais e transformada em roteiro por Brian Cox, é centrada no julgamento do jovem agente penitenciário Leon Labuschagne (Garion Dowds), de 19 anos, que, num surto psicótico, assassinou a tiros sete integrantes de uma equipe de futebol. Depois de preso, Leon vai a julgamento e tem como defensor o advogado Johan Webber (Steve Coogan, de “Philomena”). O destino do jovem parece ser mesmo a pena de morte. Apesar de todas as evidências em contrário, da pressão das famílias dos mortos e do clamor popular, o advogado tentará de todas as maneiras evitar a execução de Leon. Trata-se de mais um drama de tribunal, recheado de flashbacks dos acontecimentos, incluindo cenas chocantes da execução de presos por enforcamento. São chocantes mesmo, acredite! A destacar, o excelente desempenho do jovem ator Garion Dowds em sua estreia no cinema (antes, havia participado de um filme feito para a TV e de uma minissérie). Também está no elenco a atriz inglesa Andrea Riseborough, como a promotora que atua no caso. O filme estreou no Festival de Berlim/2016 e teve boa recepção por parte da crítica e do público. Minha opinião: é mais interessante, pela história, do que bom.  

                                               

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