O pano de fundo é a questão da pena de morte na
África do Sul, abolida somente em 1995 quando Mandela assumiu a presidência do
país. Até aquela data, ocorreram 4.200 execuções. O drama inglês “CORDEIROS
E CARRASCOS” (“Shepherds and Butchers”), direção do sul-africano Oliver
Schmitz, aborda o tema baseado no que ocorreu na capital executiva Pretória em 1987, quando
aconteceram 164 enforcamentos. A história, baseada em fatos reais e
transformada em roteiro por Brian Cox, é centrada no julgamento do jovem agente
penitenciário Leon Labuschagne (Garion Dowds), de 19 anos, que, num surto
psicótico, assassinou a tiros sete integrantes de uma equipe de futebol. Depois
de preso, Leon vai a julgamento e tem como defensor o advogado Johan Webber
(Steve Coogan, de “Philomena”). O destino do jovem parece ser mesmo a pena de
morte. Apesar de todas as evidências em contrário, da pressão das famílias dos
mortos e do clamor popular, o advogado tentará de todas as maneiras evitar a
execução de Leon. Trata-se de mais um drama de tribunal, recheado de flashbacks
dos acontecimentos, incluindo cenas chocantes da execução de presos por
enforcamento. São chocantes mesmo, acredite! A destacar, o excelente desempenho
do jovem ator Garion Dowds em sua estreia no cinema (antes, havia participado
de um filme feito para a TV e de uma minissérie). Também está no elenco a atriz
inglesa Andrea Riseborough, como a promotora que atua no caso. O filme estreou
no Festival de Berlim/2016 e teve boa recepção por parte da crítica e do público.
Minha opinião: é mais interessante, pela história, do que bom.
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