“BEM-VINDO A MARLY-GOMONT” (“Bienvenue
à Marly-Gomont”), 2016, França, direção de
Julien Rambaldi, é mais uma produção da Netflix. Conta a história, baseada em
fatos reais, do médico Syolo Zantoko (Marc Zinga), formado em Kinshasa, capital
do Zaire – o filme é ambientado em 1975, quando tudo aconteceu. Depois de
recusar, por questões ideológicas, um emprego como médico do General Mobutu
Sese Seko, presidente do seu país, Zantoko viaja para a França e faz
especialização em Lille. Ele é convidado para assumir o cargo de médico na
comuna Marly-Gomont, uma zona rural ao norte da França, e convence a mulher
Anne (Aïssa Maïga) e os filhos Kamini (Bayron Lebli) e Sivi (Médina Diarra) a
saírem do Zaire para acompanhá-lo na nova empreitada. O médico, porém, não
sabia de alguns detalhes importantes, como, por exemplo, o fato de que os
moradores daquela região eram extremamente racistas. Além disso, o clima é
gélido, obstáculo quase intransponível para quem estava acostumado com o calor
africano. O filme inteiro se baseia justamente nos esforços da família Zantoko
de vencer estes e outros obstáculos. Apesar de abordar um tema sério como o
racismo, o diretor Rambaldi deu ao filme (seu segundo longa-metragem) um tom de
comédia, com momentos de muito humor e situações hilariantes, tornando-o
bastante agradável de assistir. Informação adicional: grande parte do roteiro
foi escrito pelo próprio filho do médico, Kamini Zantoko, hoje um rapper de sucesso na França.
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