terça-feira, 16 de maio de 2017

O drama francês “MARGUERITE & JULIEN – UM AMOR PROIBIDO” (“Marguerite & Julien”) resgata uma história verdadeira ocorrida no início do Século XVII, quando dois irmãos foram condenados por sua relação incestuosa – interpretados por Anaïs Demoustier (Marguerite) e Jérémie Elkaïm (Julien de Ravalet). A ideia de fazer um filme contando essa história surgiu no início da década de 70, quando o diretor François Truffaut resolveu desenvolver um roteiro, mas o projeto não foi concretizado. A atriz e agora cineasta Valérie Donzelli retomou a ideia,  transformando-o no seu quinto longa-metragem. Embora a trama seja ambientada originalmente em 1603, Donzelli desenvolveu-a em várias épocas, misturando o Século XVII com o início do Século XX e culminando nos dias atuais. Em outras palavras: uma confusão cronológica daquelas, com carruagens antigas ao lado de carros modernos e até de um helicóptero. Mais esquisito ainda foi o fato de toda essa história de incesto e amor proibido ser contada num orfanato para meninas que nem chegaram à adolescência. Não é por nada, mas acho que Valérie Donzelli exagerou na dose, extrapolando o bom senso. Melodramático demais. Mesmo tendo concorrido à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2015, não achei pontos positivos suficientes para recomendá-lo.                   

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