O drama
francês “MARGUERITE & JULIEN – UM AMOR PROIBIDO” (“Marguerite &
Julien”) resgata uma história verdadeira ocorrida no início do Século XVII,
quando dois irmãos foram condenados por sua relação incestuosa – interpretados
por Anaïs Demoustier (Marguerite) e Jérémie Elkaïm (Julien de Ravalet). A ideia
de fazer um filme contando essa história surgiu no início da década de 70,
quando o diretor François Truffaut resolveu desenvolver um roteiro, mas o projeto
não foi concretizado. A atriz e agora cineasta Valérie Donzelli retomou a
ideia, transformando-o no seu quinto
longa-metragem. Embora a trama seja ambientada originalmente em 1603, Donzelli desenvolveu-a
em várias épocas, misturando o Século XVII com o início do Século XX e culminando
nos dias atuais. Em outras palavras: uma confusão cronológica daquelas, com
carruagens antigas ao lado de carros modernos e até de um helicóptero. Mais
esquisito ainda foi o fato de toda essa história de incesto e amor proibido ser
contada num orfanato para meninas que nem chegaram à adolescência. Não é por
nada, mas acho que Valérie Donzelli exagerou na dose, extrapolando o bom senso. Melodramático demais. Mesmo tendo concorrido à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2015, não achei pontos
positivos suficientes para recomendá-lo.
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