“INSUBSTITUÍVEL” (“Médecin de
Campagne”), 2016, traz de volta à
tela um dos mais competentes atores franceses: François Cluzet (quem não se
lembra dele como o tetraplégico de “Intocáveis”?). Ele interpreta o médico Jean-Pierre
Werner, que há 30 anos dedica-se a cuidar da população de uma zona rural no
interior da França. Werner é um médico à moda antiga. Além do consultório, onde costuma não cobrar consulta dos pobres, visita
seus pacientes em suas casas, envolve-se emocionalmente com quase todos os
casos, conversa demoradamente com cada um, dá conselhos e é radicalmente contra
internações em hospitais. Todo mundo adora Werner. Só que um dia ele é diagnosticado
com uma doença grave, com poucas chances de cura. Aconselhado a descansar e
iniciar um tratamento mais intensivo, Werner não desiste de continuar
trabalhando. Até que uma médica recém-formada, Natalie Delezia (Marianne
Denicourt), chega para ajudá-lo e, tudo a leva a crer, substituí-lo no futuro. De início, ele resolve
boicotá-la, o que resulta nas cenas mais bem-humoradas do filme. O roteirista e
diretor Thomas Lilti, que já havia colocado a medicina como tema de outro filme
(“Hipócrates”), não deixa a trama cair no melodrama, o que faz desta produção
francesa um ótimo entretenimento, mas o melhor do filme é, sem dúvida, o
desempenho de Cluzet.
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