“UM LUGAR NA TERRA” (“Une Place Sur
La Terre”), França, 2013, segundo
longa-metragem escrito e dirigido por Fabienne Godet. Antoine Dumas (o ator
belga Benoît Poelvoorde) é um fotógrafo freelancer que mora sozinho num apartamento da periferia de uma cidade, provavelmente
Paris. Ele é depressivo, fumante inveterado e alcoólatra, só encontrando algum
alento na amizade com Mateo (Max Baissette de Malglaive), um garoto de 7 anos
que mora no mesmo prédio e que o visita constantemente. Numa noite qualquer,
Dumas escuta alguém tocando piano e vê, pela janela, que é uma moça. Ele pega
sua máquina fotográfica e passa a retratá-la. Dumas acaba conhecendo a tal
moça, Elena (a bela atriz grega Ariane Labed), depois que ela sofre um acidente
e ele a socorre. O que parecia apenas uma amizade transforma-se em paixão
doentia para Dumas e por fim uma obsessão paranoica, tão forte a ponto de
transformar as paredes de seu apartamento numa grande exposição de fotos da
moça. O filme inteiro é focado num homem dilacerado pelo amor que nunca se
concretiza e que transforma seus sentimentos num verdadeiro inferno. O
tratamento dado à história e a maneira de contá-la descartam qualquer apelo
comercial, posicionando o filme como do gênero “cinema de arte”, ou seja, não é destinado para todo tipo de público. Aliás, não vi
qualquer ligação do título com a história. Em todo caso, vale pelo ótimo
desempenho de Poelvoorde e pela competência e beleza de Ariane Labed.
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