“A PARTIDA” (“Departure”), Reino Unido, 2015, roteiro e direção de Andrew
Steggall. A história é centrada em Beatrice (Juliet Stevenson, a Madre Teresa
de Calcutá, de “The Letters”), e no seu filho Elliot (Alex Lawther). Os dois
são ingleses e viajam para o sul da França com o objetivo de vender a casa de
campo da família. Durante os dias em que ficam por lá separando os móveis e os
objetos que desejam se livrar, os dois fazem amizade com Clément (Phénix
Brossard), um enigmático jovem francês que vive perambulando pelas redondezas.
Beatrice é uma mulher à beira de um ataque de nervos, infeliz, desequilibrada, carente e neurótica.
O filho Elliot, que pretende ser poeta, é um homossexual enrustido que não vê a
hora de sair do armário. A convivência com Clément desperta os desejos
incontidos na mãe e no filho, lembrando o enredo do clássico “Teorema”, de
Pasolini, onde um intruso (Terence Stamp) seduz e desintegra uma família
burguesa. A chegada de Philip (Finbar Lynch), marido de Beatrice e pai de
Elliot, ao invés de colocar ordem no ambiente, acaba tumultuando ainda mais o
relacionamento familiar, principalmente depois que um segredo sórdido do seu
passado é revelado. O filme é pesado, um tanto arrastado e com poucos atrativos
para merecer uma recomendação entusiasmada, a não ser a ótima fotografia. Não
confundir com o drama japonês do mesmo nome, este sim um grande filme.
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