“O MASSACRE EM GUERNICA” (“GERNIKA”), Espanha,
2015, direção de Koldo Serra. O pano de fundo é a Guerra Civil Espanhola
(1936-1939). A história é toda ambientada em 1937 durante os dias que
antecederam o ataque da aviação alemã à cidade de Guernica, talvez o episódio
mais marcante e dramático do conflito. A ação acontece em Bilbao, onde um grupo
de jornalistas estrangeiros faz a cobertura da guerra. Eles frequentam e
transmitem as notícias de uma central de comunicação do governo municipal comandada
pelo dirigente russo comunista Vasyl (Jack Davenport), cujo trabalho é censurar
o material enviado pelos jornalistas, um dos quais é o norte-americano Henry
(James D’Arcy), do The New York Times. Seu personagem foi inspirado no
jornalista inglês George Steer, que denunciou o ataque dos alemães em matérias
publicadas no The Times, no The New York Times e no jornal francês L’Humanité. O
relato do jornalista sensibilizou Pablo Picasso, que logo depois pintaria um
painel que ficaria famoso no mundo inteiro. Ao mesmo tempo em que destaca o
trabalho dos jornalistas, o filme também mostra os bastidores do planejamento
alemão para o ataque aéreo. Dá a entender, por exemplo, que o ataque não passou
apenas de um treinamento prático para os pilotos alemães. Sob o ponto de vista
histórico, o filme é bastante elucidativo, com informações muito interessantes
sobre o conflito que matou milhares de pessoas. Achei forçado demais o romance –
se é que existiu – entre o jornalista Henry e Teresa (Maria Valverde), principal
assistente de Vasyl no centro de comunicações. Só para esclarecer: o título
original foi escrito em dialeto basco – o diretor Koldo Serra é basco.
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