Depois de
escrever e dirigir o elogiado “Drive”, de 2011, o diretor dinamarquês Nicolas
Winding Refn achou que poderia ousar ainda mais. Escreveu e dirigiu também “DEMÔNIO DE NEON” (“The Neon Demon”), EUA,
2015, cuja estreia aconteceu no Festival de Cannes 2016, causando grande
polêmica – recebeu vaias da plateia. E polêmica é mesmo com Nicolas: durante suas
aparições públicas no festival francês, ele apareceu vestido com paletó, camisa
social, bermuda e chinelo de dedo. Ou seja, queria chocar e aparecer. Em “Demônio
de Neon”, ele conta a história de Jesse (Elle Fanning), uma jovem que chega a
Los Angeles para tentar a carreira de modelo profissional. Ela é contratada por
uma grande agência e logo vira a queridinha de fotógrafos e estilistas. Seu
sucesso gera ciúmes nas modelos mais antigas, como Sarah (Abbey Lee) e Gigi (Bella
Heathcote). O filme adota o suspense como gênero, utilizando muitas cenas
mórbidas e chocantes, incluindo canibalismo, necrofilia e outras aberrações. O
filme tem o ritmo lento, diálogos arrastados, muitos sem nexo, e um visual cuja
fotografia destaca as cenas como se iluminadas por lâmpadas de neon de diversas cores. O diretor também
utiliza bastante o recurso da câmera em slow
motion, o que torna o filme ainda mais enfadonho. Para coroar essa
verdadeira bobagem cinematográfica, ainda tem uma ponta do hoje canastrão Keanu
Reeves como proprietário de um motel sinistro.
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