O grande Jean
Rochefort, meu ator francês preferido, volta às telas no drama “A VIAGEM
DE MEU PAI” (“Floride”), 2015, França, roteiro e direção de Philippe Le Guay
(do ótimo “As Mulheres do 6º Andar”). Ele interpreta Claude Lherminier, um
idoso que começa a sofrer de demência. Ele mora sozinho numa enorme casa
isolada e sempre está aos cuidados de uma governanta. Como Claude é um sujeito
difícil, as cuidadoras não param no emprego, para desespero da filha Carole
(Sandrine Kiberlain). Para piorar a situação, ele não para de falar da filha Alice,
que há muitos anos mora em Miami (Flórida) e que ele insiste em visitar – daí o
título do filme. Só que ele apagou da memória que Alice morreu tragicamente há
9 anos. Em seus delírios, Claude também volta à infância e revê episódios que
viveu durante a Segunda Guerra Mundial, além de recordações de sua mãe. Baseada
na peça de teatro “Le Père”, de Florian Zeller, a história explora as mazelas
da velhice e o fato de ser um fardo para os filhos. O contexto dramático,
porém, é amenizado por muitas pitadas de humor, o que torna o filme um
entretenimento bastante agradável. E tem, claro, a presença de Rochefort, a
quem passei a admirar e curtir desde “O Marido da Cabeleireira” (1990).
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