“TRÊS LEMBRANÇAS DA MINHA JUVENTUDE” (“TROIS SOUVENIRS
DE MA JEUNESSE”), 2014, França, roteiro e direção de Arnaud
Desplechin. O filme começa ao estilo dos contos infantis: “Era uma vez...”. O
antropólogo Paul Dédalus (Mathieu Amalric) está deitado na cama com sua namorada
russa e no meio do papo decide recordar alguns fatos que marcaram sua vida: “Eu
me lembro...”. Dédalus relembra três episódios, começando com sua infância ao lado
dos dois irmãos e o horror que tinha pela mãe problemática, que se suicidou quando
ele tinha 11 anos. O segundo episódio conta sua passagem pela Rússia, quando
emprestava sua identidade para seus amigos judeus fugirem do regime comunista.
O terceiro episódio – o mais longo – é dedicado a um grande amor da juventude,
Esther (Lou Roy Lecollinet). O relacionamento é bastante conturbado, com muitos
encontros e desencontros, muito sexo em meio a brigas, traições e separações.
Quando jovem, Dédalus é interpretado pelo ator estreante Quentin Dolmaire (o
filme também marca a estreia da bela Lou Lecollinet). O filme tem um roteiro meio complicado, que dificulta a compreensão da história em certos momentos. É
verborrágico demais, além de apresentar algumas situações forçadas e cenas que
se arrastam sem uma conclusão convincente. Gostei apenas da recriação de época
e do recurso utilizado pelo diretor para situar a ação em determinadas épocas,
como a queda do Muro de Berlim, em 1989. De qualquer forma, é importante
ressaltar que o filme recebeu o prêmio de Melhor Direção de Arte do Festival Internacional
de Cinema de Chicago e o prêmio SACD da Quinzena dos Diretores do Festival de
Cannes 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário