“OS COWBOYS” (“Les Cowboys”), 2015,
França, roteiro e direção de Thomas Bidegain. Parece esquisito um filme francês
com esse título. A referência aparece logo
no começo, quando os principais protagonistas participam de um festival country
em alguma cidade do interior da França. Tipo Festa do Peão de Boiadeiro de
Barretos, todo mundo vestido de cowboy e muita música country. Alain Balland
(François Damiens) está lá com a família – a esposa Nicole (Agathe Dronne), a
filha Kelly (Iliana Zabeth), de 16 anos, e o filho Kid (Maxim Driesen).
Percebe-se logo que Alain é muito querido e influente na comunidade. No meio da
festa, como num passe de mágica, Kelly desaparece. Sequestrada, assassinada?
Demora para Alain, em sua busca alucinada pela filha, descobrir que ela, na
verdade, fugiu com um rapaz muçulmano e foi viver em lugar incerto e não sabido.
Quem sabe tenha sido cooptada por alguma facção islamita radical. Tudo isso
passou pela cabeça de Alain. Depois de muitos anos, já separado da esposa,
Alain continua em busca da filha. Obcecado, percorre outros países, visitando,
principalmente, as comunidades islâmicas. Essa peregrinação incessante terá
continuidade com o filho Kid, já adulto, interpretado pelo ator inglês Finnegan
Oldfield. O desfecho revela o misterioso destino de Kelly. Ótima estreia de
Thomas Bidegain como diretor. Ele era mais conhecido como roteirista de filmes
excelentes, entre os quais “O Profeta” e “Ferrugem e Osso”. “Os Cowboys” teve
sua primeira exibição na Mostra “Quinzena dos Realizadores” do Festival de
Cannes 2015 e foi uma das atrações principais do Festival Varilux do Cinema
Francês/2016, em São Paulo. Tensão do começo ao fim. Filmaço!
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