domingo, 30 de outubro de 2016
“DESERTO”
(“DESIERTO”), México, 2016, roteiro e direção de Jonás Cuarón, filho do diretor
Alfonso Cuarón, de “Gravidade” (o roteiro também foi escrito por Jonás). O drama
aborda a questão dos mexicanos que atravessam a fronteira de forma ilegal para
melhorar de vida nos EUA, assunto do momento entre os candidatos à presidência
do Tio Sam. A história começa com um grupo de mexicanos tentando atravessar a
fronteira pelo deserto de Sonora. Ao mesmo tempo, um caçador sádico e racista
prepara-se para o seu plantão habitual, ou seja, praticar tiro ao alvo nos
mexicanos. Em suas caçadas, ele leva o cão policial Tracker (“Rastreador”), que
também possui o mesmo instinto assassino. Na primeira meia-hora do filme, para
delírio de Donald Trump, o caçador sai matando um por um. Mesmo debaixo de um
sol escaldante e temperatura beirando os 50 graus, o caçador continua em
perseguição ao pequeno grupo que sobrou. O suspense aumenta na medida em que o
caçador vai chegando perto dos dois últimos sobreviventes (Gael García Bernal e
Alondra Hidalgo). Apesar de ser totalmente ambientado no deserto e com poucos
personagens, o filme mantém a ação e o suspense até o final, proporcionando um
ótimo entretenimento. O filme foi escolhido para representar o México no Oscar
2017 de Melhor Filme Estrangeiro e, antes disso, concorreu ao prêmio de Melhor
Filme no London Film Festival 2015.
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