terça-feira, 20 de setembro de 2016

Um terrível e chocante fato histórico pouco conhecido é o tema central do excelente drama francês “AGNUS DEI” (“LES INOCCENTES”), 2015, roteiro de Madeleine Pauliac e direção de Anne Fontaine. Ao final da Segunda Guerra Mundial, soldados russos estupraram várias freiras de um convento no interior da Polônia. Muitas delas engravidaram e precisaram de cuidados médicos. A enfermeira francesa Mathilde Beaulieu (Lou de Laâge), que na ocasião trabalhava para a Cruz Vermelha no atendimento a cidadãos do seu país num acampamento próximo ao convento, foi procurada por uma das freiras para realizar o parto de uma delas. No convento, Mathilde viu que outras freiras precisavam de cuidados médicos, pois também estavam grávidas. Para isso, Mathilde teria de enfrentar duas grandes dificuldades. A primeira delas: as freiras não permitiam que fossem tocadas. Segunda dificuldade: Mathilde estava proibida de sair de seu posto. Ela saía escondida, na maioria das vezes de madrugada, para prestar atendimento às freiras. A jovem atriz francesa Lou de Laâge dá um show de interpretação. Também deve ser destacado o trabalho das atrizes polonesas que formam o resto do elenco, principalmente Agata Kulesza (madre superiora), Agata Buzek (irmã Maria) e Joanna Kulig (irmã Irena). Um filme forte, de grande impacto, que merece ser visto. Da mesma diretora, recomendo o ótimo “Gemma Bovery – A Vida Imita a Arte”, bem mais leve.       

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