segunda-feira, 19 de setembro de 2016
O drama
biográfico canadense “BORN TO BE BLUE” (ainda sem tradução por aqui) é baseado
na vida do lendário trompetista e cantor de jazz Chet Baker (1929/1988). A
história é toda ambientada nos anos 60, quando Chet (Ethan Hawke) tenta
recuperar a carreira depois de ficar preso por porte de drogas. Seu vício em
heroína o levaria à decadência artística e à morte. O roteirista e diretor
Robert Budreau (este é o seu segundo longa) centra a história no romance de Chet
com Jane (Carmen Ejogo), uma atriz em início de carreira, e nos desafios
enfrentados pelo músico para voltar à cena do jazz. Além das drogas, ele tinha
problema com seus dentes da frente, arrebentados por capangas de um traficante
para o qual Chet devia uma grana. Ele tocava com os dentes colados e, muitas
vezes, tinha de segurá-los para não caírem durante as apresentações. O filme é
simplesmente espetacular, um primor para os olhos e ouvidos. O desempenho de
Hawke é incrível e a trilha sonora simplesmente deliciosa. Uma das cenas mais
bonitas e emocionantes acontece num estúdio onde Chet se apresentaria para importantes
produtores musicais. Ele canta e toca “My Funny Valentine”. Mesmo com o pedido dos
técnicos do estúdio para que a plateia não se manifeste durante e depois da
apresentação, já que seria tudo gravado, o pessoal não consegue segurar os aplausos no final. É de arrepiar, assim como sua apresentação ao vivo no Birdland, famoso clube de jazz de Nova Iorque, onde ele toca e canta "Born to be Blue", a canção que dá nome ao filme. Na plateia, entre os que aplaudem Chet com entusiasmo, estão nada menos do que Dizzy Gillespie e Miles Davis, outros monstros sagrados do jazz. O filme estreou no Toronto
International Film Festival, em setembro de 2015, arrancando elogios do público
e dos críticos. Realmente, um filmaço. Simplesmente imperdível!
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